A cafeicultura paranaense terminou 2014 com um tombo de 66% na produção e de 32% na área, graças a fatores de climáticos e de mercado, mostra relatório divulgado pela Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento. Com cerca de 20 mil hectares em formação, a expectativa é de retomada na produção em 2015.
O plantio estadual ocupou 55,4 mil hectares, índice 32,3% inferior ao da safra passada (81,9 mil ha). A área em produção desta safra foi de apenas 33,2 mil hectares, (cerca de 60% do total cultivado) sendo que os 40% restantes (22,2 mil ha) não foram colhidos devido a problemas climáticos gerados pela geada, aponta a Seab.
Além da questão climática, outros fatores que pesaram na redução do cultivo foram a queda acentuada dos preços do café no mercado físico logo após as geadas (R$200 a 230,00 por saca), a elevação dos custos de produção, a dificuldade de contratação e alto custo da mão de obra e a forte competição com cultivos como a soja.
“A erradicação das lavouras se concentrou nos meses de setembro a dezembro de 2013, mas houve arranquios até julho de 2014 embora em escala bem pequena e em áreas que ficaram praticamente abandonadas após as geadas“ aponta o técnico da Seab, Paulo Franzini.
A produção de 557 mil sacas no estado foi atípica e bem abaixo que o normal para o ciclo de bienalidade, sendo 66,2% menor do que em 2013, quando atingiu 1,65 milhões de sacas. “Se comparada à previsão inicial de 670 mil sacas, houve uma quebra de 17% na produção principalmente devido à anomalia climática que incidiu durante o ciclo de produção das lavouras ocasionando frutos pequenos e de qualidade física e sensorial inferiores”, pontua Franzini.
Mercado
“A comercialização foi um pouco mais lenta que o normal por ser uma safra de menor volume e também devido à forte volatilidade dos preços no mercado físico observada no período de maior disposição de venda pelos produtores”, aponta o especialista. Até o fim de dezembro a comercialização atingia 89% da safra.
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