Auxiliado pelas condições climáticas e tecnologia, o Brasil deverá ter, neste ano, a maior produção de café da história. É o que aponta levantamento divulgado na manhã desta quinta-feira (17) pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), órgão ligado ao Ministério da Agricultura.
De acordo com a Conab, a produção alcançará 58 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa 29,1% de crescimento em relação à safra passada, de 44,9 milhões de sacas.
O café arábica, que representa a maior parte da produção nacional, deverá atingir 44,3 milhões de sacas, alta de 29,4%. Já o tipo conilon deverá alcançar 13,7 milhões de sacas (27,9% de crescimento).
Conforme o levantamento, o resultado histórico deve-se à bienalidade positiva - o café produz muito em um ano e tem produção menor no ano seguinte -, às boas condições climáticas e, também, ao avanço da tecnologia, que tem resultado em variedades mais produtivas no campo.
Em comparação à produção de 2016, último ano de alta na bienalidade, a produção foi de 51,4 milhões de sacas. Até então era a maior do Brasil.
A projeção de que a safra seria recorde já era sentida no bolso dos produtores desde o início do ano, devido às quedas no preço da saca.
A Conab, então, já estimava que a safra ficaria entre 54,4 milhões e 58,5 milhões de sacas.
De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a saca do café arábica foi comercializada nesta quarta-feira (16) a R$ 445,28, ante os R$ 475,14 de exatos dois anos atrás ano também de alta na produção.
O preço da saca, no entanto, já chegou a ser de R$ 577,74, em novembro de 2016.