![Paraná investe na mecanização do café para retomar status Encontro no Norte do Paraná reuniu produtores, técnicos e estudantes para discutir o tema |](https://media.gazetadopovo.com.br/2015/06/eb29d4a6ee6c1c3649ec7bbe2d860688-gpLarge.jpg)
A escassez de mãos de obra tem forçado a mecanização das lavouras de café no Paraná. Atualmente, cerca de 90% da área dos cafeeiros no estado estão em áreas com relevo propício ao uso de máquinas nas diversas fases da cultura. Para incentivar essa técnica, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) sediou, nesta quarta-feira (10), um “dia de campo” destinado a debater a mecanização em lavouras adensadas de café no Norte do Paraná.
Produtores, técnicos e estudantes conheceram as novidades da indústria de equipamentos, cultivares adequados, custos da mecanização e a boa prática da pós-colheita. O objetivo do encontro, que está no quarto ano, é viabilizar a pequena propriedade, característica da cafeicultura paranaense, avançando na busca de uma boa produtividade média e de qualidade do produto.
Segundo Francisco Barbosa Lima, especialista em qualidade do café do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a mecanização é a única forma de viabilizar a cultura. “O Paraná é um estado de pequena cafeicultura, onde o produtor precisa adensar sua lavoura para aumentar a produtividade”, disse Barbosa, destacando que a produtividade média não pode fica abaixo de 30 sacas por hectare. O ideal seria colher 40 sacas por hectares.
Para que ocorra a colheita mecanizada do grão, o espaçamento ideal das plantas é de 2,5 metros a 3 metros entre as linhas do cafeeiro. Outro fator importante, devido às especificidades da cafeicultura do estado, é a necessidade de algum tipo de associação entre os cafeicultores para viabilizar a compra dos equipamentos, principalmente a colheitadeira que tem custo mais elevado.
Pós-colheita
De uma família tradicional de cafeicultores, o geógrafo e produtor Pedro Hofig, 26 anos, acredita que o cafeicultor paranaense precisa valorizar seu produtor e melhorar o marketing. “O café do Paraná poderia ter uma imagem melhor, mas é como a gente estava discutindo ali na classificação. O próprio produtor não valoriza seu café, serve na casa dele o pior café que ele tem. Ele mesmo atrapalha este marketing no Paraná”, destaca.
Hofing reconhece que o café mineiro tem uma qualidade conhecida como das melhores, com mais status. E, ainda reforça a necessidade de cuidar de todas as etapas do processo. “Depois de colher você pode estragar todo seu café se não cuidar da secagem, do armazenamento, da torragem. Todo o processo tem que ser perfeito.”
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