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A produção brasileira de café beneficiado (arábica e conilon) deve somar 45,3 milhões de sacas de 60 quilos em 2014 – 0,5% acima do estimado em setembro, mas 7,7% abaixo das 49,1 milhões produzidas na última safra. Os números são do quarto levantamento da safra 2014, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado hoje, em Brasília.

A retração foi puxada pelo café arábica, cuja produção teve recuo de 15,6%. As causas foram a forte estiagem verificada nos primeiros meses do ano, a inversão da bienalidade em algumas regiões, como na Zona da Mata mineira, e também as geadas que atingiram o estado do Paraná. Os estados com maior redução foram Minas Gerais (-18,1%) e Paraná (-66,1%). Na contramão, o conilon teve aumento de 20% devido à renovação de culturas e ao revigoramento da produtividade, além das condições climáticas favoráveis do Espírito Santo, maior produtor da espécie.

A produção do arábica está estimada em 32,3 milhões de sacas ou o equivalente a 71,2% do volume de café produzido no país. O maior destaque é o estado de Minas Gerais, com o volume de 22,6 milhões de sacas. Já o conilon, que vai a 13 milhões de sacas, ocupa 28,5% do total nacional, com o Espírito Santo detendo a maior produção e uma colheita de 9,9 milhões de sacas.

Em termos totais, as culturas em produção e em formação devem ocupar uma área de 2,2 milhões de hectares, 2,6% a menos que na safra passada, com redução de 59,6 mil hectares. Minas Gerais possui a maior área plantada, com 1,2 milhão de hectares. O predomínio é da espécie arábica, com 98,8% da área total do estado e 53,2% da área cultivada no país. A segunda posição é do Espírito Santo que apresenta área total de 474,6 mil hectares, sendo que 283,1 mil hectares são destinados ao conilon - equivalentes a 64,1% da área nacional da espécie.

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