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A maior parte dos recursos será para custeio da produção agrícola. | Pillar Pedreira/Agência Senado
A maior parte dos recursos será para custeio da produção agrícola.| Foto: Pillar Pedreira/Agência Senado

A Caixa Econômica Federal disponibilizará mais de R$ 10 bilhões para o ano safra 2017/2018, que começa em 1º de julho. O crédito estará disponível em linhas com recursos obrigatórios, livres e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A maior parte dos recursos será para custeio da produção agrícola. O lançamento foi feito nesta sexta-feira (30), na sede da Ocepar, em Curitiba.

No Paraná, a Caixa Econômica Federal atende uma carteira de 2.184 produtores rurais. São mais de 5 mil projetos financiados e 150 agências habilitadas a trabalhar com crédito rural. Desde 2013, quando o banco passou a atender esse mercado, R$ 6,4 bilhões em crédito deste segmento já foram liberados no estado, que deve responder por 34% de todo o volume liberado pra este ano.

Os agricultores interessados poderão apresentar suas propostas nas agências da Caixa a partir da próxima quarta-feira (5), quando o banco já estará apto a contratar as operações com as condições do Plano Safra 2017/2018 para produtores rurais e cooperativas. No início deste mês, o governo federal anunciou R$ 190,25 bilhões em recursos para o plano.

Os empréstimos obedecerão às novas regras do Plano Safra. Os recursos dos depósitos à vista foram direcionados para o crédito de custeio e houve alteração no limite de contratação, permitindo que o produtor contrate a totalidade do limite de R$ 3 milhões em qualquer momento do ano. As taxas de juro do custeio agrícola e pecuário foram reduzidas em um ponto percentual, para 8,5% ao ano.

Para agricultores com faturamento bruto anual máximo de R$ 1,76 milhão, que se enquadram no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), os juros serão de 7,5% ao ano.

Segundo a Caixa, gerentes especializados atuarão regionalmente para atender melhor aos produtores.

Plano Safra

O agricultor brasileiro poderá contar a partir de segunda-feira (3) com recursos para financiar a próxima safra agrícola. São R$ 190,25 bilhões destinados pelo governo federal para as operações de custeio, comercialização e investimento, por meio do Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018. A expectativa é que mais uma vez o setor do agronegócio contribua para impulsionar a economia do país, com uma colheita que poderá superar 240 milhões de toneladas de grãos.

“Mesmo num cenário de dificuldade, o governo reduziu os juros de algumas linhas de crédito para permitir que os agricultores tenham safras capazes de garantir a segurança alimentar do brasileiro e excedentes exportáveis para gerar divisas”, ressalta o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento, Neri Geller, acrescentando que o cenário é bastante otimista para a próxima temporada agrícola.

“Programas como PCA [Programa de Construção e Ampliação de Armazéns], que reduziu os juros a 6,5% ao ano, vão alavancar a retomada dos investimentos em armazenagem. Isso ajudará a amenizar ou resolver o problema de logística e dará condições ao nosso produtor para continuar avançando forte no aumento da produção agrícola no país”, enfatiza Geller.

O secretário acredita que o produtor vai, mais uma vez, mostrar firmeza e disposição para fortalecer a atividade agrícola. “E nós, do governo, estamos fazendo nossa parte para dar sustentação tanto do ponto de vista de crédito quanto da ampliação do recurso e da garantia de preço mínimo.” Segundo ele, o apoio ao setor é fundamental porque o agronegócio representa quase metade das exportações e por cerca de 21% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

Do montante anunciado em 7 de junho último pelo presidente Michel Temer e pelo ministro Blairo Maggi, durante solenidade no Palácio do Planalto, R$ 550 milhões são do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e R$ 1,4 bilhão para apoio à comercialização.

Juros

O Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 reduziu em um ponto percentual ao ano as taxas de juros das linhas de custeio e de investimento e de dois pontos percentuais ao ano às dos programas voltados à armazenagem e à inovação tecnológica na agricultura.

No crédito de custeio, os juros caíram de 8,5% ao ano e 9,5% ao ano para 7,5% e 8,5%. Já para os programas de investimento, à exceção do PCA e Inovagro, a taxa foi fixada em 6,5% ao ano.

Crédito

O volume de crédito para custeio e comercialização é de R$ 150,25 bilhões, sendo R$ 116,25 bilhões com juros controlados e R$ 34 bilhões com juros livres. O montante para investimento saltou de R$ 34,05 bilhões para R$ 38,15 bilhões, com aumento de 12%.

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