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Campanha contra aftosa começa na quinta

Na esperança de abrir novos mercados para exportação de carne bovina, o Paraná inicia, na próxima quinta-feira, a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, que será lançada em Londrina.

A expectativa da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) é que 9,5 milhões de cabeças entre bovinos e bubalinos de todas as idades recebam as doses da vacina. Os animais com até 24 meses devem ser vacinados duas vezes ao ano. Já os com idade superior a dois anos precisam ser imunizados apenas uma vez por ano. A Adapar está mobilizando entidades da iniciativa privada para que ajudem a conscientizar os produtores rurais sobre a importância de vacinar todos os animais das propriedades, mesmo aquelas que tenham poucas cabeças. "O pecuarista é o grande interessado. Vamos informar, conscientizar e cobrar para que seja feito", aponta o presidente da Agência.

Na primeira etapa da campanha nacional, em maio, foram imunizados apenas bovinos e búfalos com até 24 meses de idade. A partir de agora, as duas espécies devem ser vacinadas, independente do tempo de vida do animal.

Benefício

Atualmente, o fato de o estado ser reconhecido como área livre da doença, mas com a aplicação de vacinas, permite que a indústria local comercialize a carne com países da União Europeia e a Rússia. Mas, com o status de livre da doença sem vacinação, os pecuaristas paranaenses poderiam entrar em outros importantes mercados consumidores, como a Coréia do Sul, Japão e Estados Unidos.

"A campanha é uma demonstração de que o estado está interessado em evoluir de status. Se conseguirmos suspender [a vacinação], poderemos acessar mercados que hoje não estão abertos", avalia Inácio Kroetz, presidente da Adapar.

Desde o fechamento da JBS Friboi de Maringá, no final do ano passado, a exportação de carne do Paraná caiu um terço. Segundo o executivo, a ida da empresa para o Mato Grosso do Sul não está relacionada à sanidade do gado paranaense, mas sim ao tamanho do rebanho do estado. "Eles alegam falta de animais para tocar um grande empreendimento. O Paraná é autossuficiente de gado e não falta sanidade para exportar carne bovina", afirma Kroetz.

O único estado brasileiro considerado livre de aftosa sem a vacinação é Santa Catarina.

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