Tibagi - Se o volume de chuvas for próximo da média histórica em março, conforme as previsões meteorológicas, os Campos Gerais serão mais beneficiados pelo clima que outras regiões do estado. A região atravessou o período de enxurradas registrado nos últimos dois meses com as lavouras em desenvolvimento e enchimento de grãos. A colheita está começando pelo milho, que apresenta excesso de umidade mas não teve a qualidade afetada. Na soja, as primeiras lavouras serão retiradas do campoa partir de agora.
Numa das microrregiões mais produtivas, Renato de Geus, de Carambeí, quer repetir as marcas de 3,5 mil quilos de soja e 11 mil quilos de milho por hectare alcançadas no ano passado. "A colheita vai até abril. Estamos só engatinhando", pondera, sem esconder a satisfação com a boa aparência das plantações.
O clima mais quente e relativamente úmido aumenta a preocupação com a proliferação da ferrugem asiática, mas permite produção de 3,3 mil quilos de soja e 11 mil quilos de milho por hectare, afirma o agricultor Ezequiel Bobato, de Prudentópolis. "Algumas áreas vão receber até quatro aplicações de fungicida contra a doença." Tudo para garantir boa produtividade.
O momento da retirada da produção do campo será decisivo, avalia Luiz Henrique de Geus, de Tibagi. Ele conta que a colheita do milho pode começar antes e terminar depois da retirada da soja. Assim que a oleaginosa estiver pronta, passará a ser prioridade, porque resiste menos às variações do tempo.
Se as chuvas derem trégua para a colheita sem afetarem a qualidade dos grãos, será possível repetir as marcas de 3,6 mil quilos de soja e de 10,6 mil quilos de milho por hectare, afirma Luiz Henrique. Das 60 sacas/ha de soja que deve colher, ele já vendeu 35 índice máximo permitido entre os cooperados da Batavo por preços que variam entre R$ 36 e R$ 52/sc.
As previsões meteorológicas para março são de chuva em volume próximo do considerado normal no Paraná. Por outro lado, indicam que as precipitações podem ocorrer de forma isolada.
Deixe sua opinião