Estoques recompostos de grãos após uma grande colheita norte-americana reforçaram os lucros da gigante de negociações de mercadorias agrícolas Cargill no último trimestre, uma vez que os preços mais baixos impulsionaram a demanda pelos produtos e melhoraram as margens das vendas de carnes. A companhia com sede em Minnesota registrou lucro líquido de 784 milhões de dólares no segundo trimestre encerrado em 30 de novembro, um aumento de 41% ante o mesmo período do ano anterior. A receita trimestral caiu 8%, para 30,3 bilhões de dólares, na mesma comparação.
Os segmentos de originação e processamento da Cargill e seu negócio de nutrição animal e de proteína tiveram bons resultados de maneira geral diante da queda dos preços para as principais culturas, incluindo milho, soja e trigo, os quais atingiram mínimas de vários anos durante o trimestre. "Com um desempenho de primeira linha em nossos negócios agrícolas, de nutrição animal e de carne, a Cargill apresentou resultados fortes, ultrapassando os últimos trimestres por uma boa margem", disse o presidente e CEO David MacLennan em um comunicado.
Os agricultores americanos colheram suas maiores safras de milho e soja em 2014, enquanto os produtores canadenses obtiveram sua segunda grande produção consecutiva, proporcionando aos processadores domésticos, pecuaristas, produtores de biocombustível e exportadores as matérias-primas mais baratas em vários anos. Vendas mais lentas de produtores no Brasil e Argentina limitaram os resultados da companhia na América do Sul, acrescentou a empresa.