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Carne brasileira ganha mais espaço no mercado chinês

Um ano após a abertura do mercado chinês para a carne bovina in natura brasileira, as exportações do produto totalizam US$ 774 milhões | CELSO MARGRAF/CELSO MARGRAF
Um ano após a abertura do mercado chinês para a carne bovina in natura brasileira, as exportações do produto totalizam US$ 774 milhões (Foto: CELSO MARGRAF/CELSO MARGRAF)

Principal importadora da soja brasileira, a China vem abrindo cada vez mais espaço para proteínas animais e hoje já é o principal parceiro comercial do Brasil, responsável por quase 30% das exportações do agronegócio neste ano. O país asiático é o segundo principal destino da carne bovina in natura e também da carne de frango, e o terceiro maior mercado de carne suína.

O estudo realizado pela Superintendência de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destaca o aumento da demanda chinesa por commodities, influenciando a balança comercial de vários países. “Ainda que um dos principais motores desse aumento no comércio tenha sido a soja em grãos, outros produtos começam a ganhar espaço na pauta de vendas. Esse é o caso das carnes”.

Um ano após a abertura do mercado chinês para a carne bovina in natura brasileira, as exportações do produto totalizam US$ 774 milhões, superadas apenas por Hong Kong. Atualmente, há 16 frigoríficos brasileiros habilitados a exportar para o país asiático.

No caso da carne de frango, as vendas brasileiras para a China são de US$ 346,4 milhões em 2016, (janeiro a maio), alta de 52% em relação ao mesmo período do ano passado. Em volume, o aumento dos embarques foi de 77%. “O câmbio favorável e a habilitação de novas plantas foram fatores decisivos para o resultado”, revela o Boletim.

O mercado chinês também tem chamado a atenção dos exportadores brasileiros de carne suína, que tiveram receita de US$ 57,7 milhões, exportando 29 mil toneladas nos cinco primeiros meses deste ano, com expectativa de aumento no embarque de suínos diante do aumento de plantas frigoríficas habilitadas a exportar para os chineses. Em 2015, as cifras não superaram US$ 10 milhões. Apesar de ter a maior criação de suínos do mundo, uma série de medidas internas, adotadas pelo governo chinês, tem afetado a competitividade do país, o que ajudou a alavancar as vendas brasileiras.

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