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Castro atinge segunda fase

A integração lavoura-pecuária atinge um segundo estágio no Centro-Sul do Paraná. Os cooperados da Castrolanda, com sede em Castro, não limitam mais o planejamento do uso da terra ao potencial da propriedade. "Quem planta soja e milho no verão está cultivando, no inverno, alimento para o gado dos cooperados que produzem leite o ano inteiro", conta o presidente da empresa, Franz Borg. Ele próprio se tornou fornecedor de alfafa, aveia e azevém.

Em sua avaliação, a integração não surge como uma fórmula para ampliar lucros, mas pela própria necessidade de melhor utilização da terra. Além de produzir em escala, o agropecuarista não pode mais se dar ao luxo de deixar parte da propriedade sem uso no inverno. Se não dá lucro, o cultivo nos meses frios ajuda a bancar em 50% os custos anuais.

Na Fazenda Santo Antônio do Iapó, o relato de Borg ganha sentido. Três funcionários trabalham permanentemente na secagem de alfafa, vendida em fardos de 20 quilos não só para o gado, mas também para criadores de cavalos. "Dá trabalho o ano inteiro", conta Rogério Balles, que opera o sistema de secagem há cinco anos.

No meio da plantação de aveia, fardos de 500 quilos enrolados em plástico adesivo fermentam o cereal antes do transporte até propriedades de criadores de gado de corte. Cada "bola" de aveia garante a alimentação de pelo menos dez animais durante cerca de quatro dias, conta o agrônomo Paulo Gonçalves Neto.

No caso do azevém, a renda não vem só dos fardos de 20 quilos, mas também do aluguel da área. Depois do segundo corte, a plantação recebe animais da região, que pastam até o mês de outubro, quando a área começa a ser preparada para a soja. (JR)

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