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Agricultura

Centro-Oeste abre colheita de verão e Sul comemora chuvas

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Máquinas começam a varrer lavouras em Jataí (GO). |

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Máquinas começam a varrer lavouras em Jataí (GO).

Milho que sofreu com estiagem no início do ciclo não cresceu bem, mas rendeu boas espigas em São João (Sudoeste do PR). |

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Milho que sofreu com estiagem no início do ciclo não cresceu bem, mas rendeu boas espigas em São João (Sudoeste do PR).

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A colheita de verão está começando sem registro de problemas climáticos graves para a produção de grãos, deixando para trás o temor de estiagem que assombrava o Sul do Brasil. As primeiras colheitadeiras acionadas percorrem lavouras do Centro-Oeste, nas regiões de Sorriso (MT), Primavera do Leste (MT) e Jataí (GO), e registram produtividade próxima de 50 sacas por hectare.

Dentro de uma semana, a tarefa deve ser iniciada também no Sul, pelo Paraná, onde a maior parte das lavouras ainda depende de um mês de chuva. A maior safra que o país já plantou tende a render 82 milhões de toneladas de soja e 35,8 milhões de toneladas de milho, prevê a Expedição Safra Gazeta do Povo.

As condições climáticas estão sendo diferentes para cada região do país. No início da temporada de plantio, os produtores do Sul enfrentaram de duas a três semanas de seca, o que diminuiu o potencial de produtividade do milho e pode ter afetado sensivelmente também a soja.

Os produtores de regiões do Centro-Oeste e do Centro-Norte tiveram de adiar o início do plantio, por causa da chegada tardia das chuvas. A maioria dos agriculturas que esperou a umidade necessária registra boas condições climáticas até agora. Mesmo nas regiões que confirmam redução no potencial do milho, as condições climáticas são melhores do que as registradas na temporada passada.

No Oeste paranaense, região que costuma estar adiantada no cultivo da soja, a expectativa é de que a colheita se intensifique na última semana do mês. “Nesse ano a chuva demorou, veio no final de setembro. Junto a isso tem a extensão do zoneamento agrícola, o que atrasou o plantio”, explica Nelson Paludo, presidente do Sindicato Rural de Toledo.

A soja precoce cultivada no município deve ter perdas na produtividade devido à estiagem de novembro. A região espera produzir 1,5 milhão de toneladas da oleaginosa, em uma área de 450 mil hectares.

Segundo Oradi Caldato, presidente do Sindicato Rural de Pato Branco, a geada prejudicou o desempenho do milho plantado em setembro. “O impacto foi sobre a parte baixa das lavouras, o que deve gerar alguma perda”, relata. Ele acredita que a colheita deve ganhar força no início de fevereiro.

Segundo a meteorologista Ana Beatriz Porto, do Instituto Tecnológico Simepar, as chuvas devem continuar em janeiro, mas sem uniformidade. “Costuma chover mais nesse período e, como os dias são quentes, é comum a ocorrência de pancadas, chuvas irregulares”, diz. Para fevereiro os prognósticos são de normalidade. “Tudo indica que teremos um verão típico”, pontua.

Em Mato Grosso, as reclamações da época do plantio são mais raras agora. O agricultor Avelino Gasparin, que planta 420 hectares de soja no município e pretende iniciar os trabalhos no final do mês diz que, “por enquanto, o clima está bom, a chuva não tem sido escassa.”

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