![Certificação dupla gera custo extra Os produtos precisam se submeter a um novo processo de certificação no Mapa. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2016/03/c1a1ac8c9676b41a60e8270af394c6a8-gpLarge.jpg)
Se o tema gera discussão entre produtores brasileiros, o cenário não é diferente com os estrangeiros. Mesmo com o selo internacional (como NOP, EU, JAS), itens orgânicos produzidos fora da fronteira verde-amarela não têm reconhecimento direto por aqui. Os produtos precisam se submeter a um novo processo de certificação no Mapa.
Antonio Rapetti, da Natural Market, passou por essa experiência para importar massa de tomate orgânica. “É complicado, porque temos que certificar pela segunda vez um produto que já tem um selo internacional aceito pelo resto do mundo. Isso exige mais gasto de dinheiro e tempo, às vezes, não compensa, e desistimos”, lamenta.
Luigi Rispoli, produtor italiano da massa de tomate importada por Rapetti, se mostra surpreso com a exigência brasileira. “Normalmente, exportamos também para outros países, como Dinamarca e Suécia, mas não precisamos certificar novamente o produto. Basta o selo Bio 834/07 (UE), que regulamenta o cultivo biológico na agricultura”.
O coordenador de agroecologia do Ministério, Rogério Dias, aponta que a recertificação é necessária por seguir o padrão internacional. “A prática do Brasil é a mesma dos países que importam nossos produtos orgânicos. Pode ser que, no futuro, cheguemos a uma harmonização total. Mas, por enquanto, é preciso atender às normas do país importador”, afirma.
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