Erva-mate perdeu área e volume de produção ficou estável, colaborando para a alta nos preços| Foto:

O preço da erva-mate vai continuar em alta nos próximos meses, graças ao descompasso entre a oferta e a demanda. O diagnóstico foi apresentado em relatório divulgado ontem pelo Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). O documento indica que houve queda de 26% na área explorada nos últimos dez anos, reduzindo a menos de 40 mil hectares o espaço dedicado ao cultivo no Paraná.

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Entre janeiro e setembro, a arroba do produto registrou valorização de 70%, chegando a R$ 18,24 no preço pago aos produtores. A alta deve atrair mais agricultores para a cultura, mas o impacto sobre a oferta ainda vai demorar. “Mesmo que haja novos plantios, o produto levará em média seis anos até estar pronto para a colheita e comercialização em escala que possa equilibrar o mercado”, avalia Rosiane Cristina Dorneles, engenheira florestal responsável pelo estudo do Deral. A vigência do novo Código Florestal, que permite a exploração econômica de áreas de Reserva Legal, também deve ser um incentivo para a aposta na cultura, complementa a técnica.

Estabilidade

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337,4 mil toneladas de erva-mate foram produzidas no Paraná em 2012. O número permanece estável desde 2000, aponta o Deral.