No início deste ano, a falta de chuva levou o setor sucroenergético brasileiro rever para baixo suas projeções de produção para a temporada 2012/13. Agora, as perspectivas de excesso de água na colheita ameaçam reduzir novamente as estimativas de colheita de cana-de-açúcar. Em declaração à agência Reuters, a diretoria da Copersucar, que reúne 50 usinas em todo o Brasil, calculou que, se o volume de chuvas previsto para o final do ano se confirmar, uma área com produção equivalente a 20 milhões de toneladas tende a ficar em pé nos canaviais, sem condições de serem colhidas. Com isso, a moagem da região Centro-Sul do país, responsável por mais de 90% da oferta nacional, ficaria abaixo dos 500 milhões de toneladas. Os dados da Unica, entidade que representa as indústrias brasileiras, divulgados ontem, mostram redução no volume processado até o dia 16 de setembro. De acordo com o levantamento, 349,5 milhões de toneladas da matéria-prima que dá origem ao etanol e ao açúcar foram moídas no acumulado do ano, contra 376,7 milhões de toneladas alcançados no mesmo período do ano passado.
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