Se depender das previsões climáticas, o plantio de grãos está garantido nas principais regiões agrícolas do Brasil. A meteorologia indica que o quadro atual de neutralidade (sem estiagem severa nem chuva contínua) deve prevalecer até dezembro. No entanto, a cada semana há mais indícios de que o fenômeno La Niña se configurará a partir da virada do ano, reduzindo as precipitações no Sul brasileiro. Há risco também de a distribuição das chuvas se tornar irregular, castigando algumas regiões. Isso pode comprometer a floração e a frutificação do milho e da soja, estágios que determinam a produtividade.
"De uma forma geral, não teremos grandes problemas. O que pode haver são períodos de estiagem de 10 a 15 dias em janeiro. Quem estiver com soja em fase de florescimento ou enchimento de grãos pode sofrer com perdas pontuais", alerta o agrometeorologista da Somar Marco Antônio dos Santos.
Os radares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam para o mesmo quadro, revela o meteorologista Renato Lazinski. "Vamos largar muito bem, com umidade suficiente, e devemos terminar não tão bem assim, porque teremos diminuição das chuvas no começo de 2012", avisa. O La Niña tende a ser moderado.
Oeste
Prejudicados pela seca em anos de La Niña, os produtores do Oeste do Paraná estão prestes a iniciar o plantio. "Se tivermos condições de umidade e temperatura favoráveis, até a primeira semana de outubro estará tudo plantado", diz Luis Pedroso, supervisor do Departamento Agronômico da cooperativa C.Vale, em Palotina.
Neste ano, o Ministério da Agricultura (Mapa) autorizou o Paraná, maior produtor nacional de grãos, a antecipar o plantio de soja em dez dias em relação ao ano passado. O novo zoneamento agroclimático permite que as máquinas invadam os campos a partir do dia 25 de setembro.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura