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Chuvas seguram altas da soja

A previsão de retorno das chuvas na principal região produtora de grãos dos Estados Unidos segurou as cotações da soja na Bolsa de Chicago ontem. Depois de subir mais de 15 pontos na terça-feira, a oleaginosa encerrou a quarta-feira com baixa de 8 pontos. O contrato referente à colheita norte-americana (novembro/11) terminou o dia cotado a US$ 13,80 o bushel (25,4 quilos), o equivalente a US$ 30,44 por saca de 60 quilos.

Apesar das expectativas animadoras com relação ao clima, os agricultores dos EUA ainda não sabem se a umidade prevista para o início do próximo mês será suficiente para compensar o estresse hídrico e as altas temperaturas das últimas semanas. "Essa é uma questão milionária", disse Curtis Young, agrônomo da Uni­versidade de Ohio, ao site Agriculture.com. Ele lembra que algumas lavouras nem sequer entraram no estágio de polinização e que o mês de agosto costuma ser mais seco do que julho no país.

A indefinição da safra norte-americana pode trazer boas oportunidades de venda para os produtores brasileiros no médio prazo, considera o consultor em commodities Stefan Tomkiw, que atua em Porto Alegre e monitora a Região Sul do país. "Quem já fechou as contas e consegue ter rentabilidade positiva com os preços atuais deve fixar um lote. É preciso aproveitar os picos de alta para vender parcelas da produção", recomenda. Ele afirma qualquer problema climático no Hemisfério Norte poderá elevar as cotações da soja para um patamar além de US$ 14,50 o bushel, ou US$ 40 a saca. "Hoje, o suporte está em torno de US$ 13 o bushel (US$ 28,68/sc) e o principal desafio é chegar aos US$ 14 (US$ 30,88/sc) novamente", analisa.

Paraná

Na contramão das desvalorizações internacionais, os preços da soja subiram no mercado brasileiro. No Paraná, o valor saca registrou alta de 1,45% ontem, de acordo com o levantamento da Secretaria Estadual da Agricultura e do Aaste­cimento (Seab). Com isso, o preço médio ao produto ficou em R$ 41,40 por saca no estado. O avanço foi sustentado pela alta do dólar. Ao fechar em R$ 1,55 ontem, a moeda norte-americana alcançou a maior cotação em mais de um ano.

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