Das 16 milhões de toneladas extras de soja, 10 milhões devem vir da recuperação de condições climáticas na Região Sul, que enfrentou forte quebra na safra passada. Segundo a Conab, há relatos de escassez de chuvas nas regiões Noroeste do Rio Grande do Sul, Noroeste do Paraná, Sudoeste de Mato Grosso do Sul, zonas diversas de Mato Grosso e Oeste da Bahia.
Doenças
Para o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, no entanto, as chuvas estão chegando antes do registro de quebra climática e dissolvendo as preocupações dos produtores. Ele citou Mato Grosso, líder na produção de soja, como exemplo. “O excesso de chuva acaba provocando muitas doenças”, acrescentou. Em sua avaliação, o tempo mais seco pode ser até benéfico.
A previsão de safra cheia combinada com o início da colheita pressiona os preços pagos ao produtor. Depois de avançar 64% em um ano, a cotação da soja recuou 10 pontos neste início de ano no Paraná. Ontem, a média estadual ficou em R$ 59,50 por saca de 60 quilos, conforme o Departamento de Economia Rural. No mercado internacional, o dia foi oscilações. O contrato para março, auge da colheita brasileira, fechou em US$ 13,85, apenas um cent abaixo da marca do dia anterior.
IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também divulgou previsão ontem. O relatório, que considera o ano civil e não o calendário agrícola, aponta que, em 2013, o Brasil vai colher volume de grãos 9,9% maior que o de 2012 – de 162,1 milhões toneladas para 178 milhões –, sendo que a soja terá avanço de 25%, para 82,35 milhões de toneladas.