"Na medida do possível, procuramos ampliar [a estrutura] para solucionar os problemas de armazenagem e facilitar o recebimento da safra dos associados. A produtividade nas áreas existentes está sempre aumentando e essas novidades vão atender nossa clientela", disse ontem José Aroldo Gallassini, presidente da Coamo, cooperativa com mais de 24 mil associados.
Do total do investimento programado, cerca de R$ 193 milhões (70%) serão destinados ao setor de armazenagem. A proposta é construir oito unidades, sendo cinco no Paraná nos municípios de Cruz Maltina, Goioxim, Santa Maria do Oeste, Mariluz e Rancho Alegre do Oeste e três em Mato Grosso do Sul nas cidades de Dourados, Maracaju e Guaíba. Além disso, 40 dos 130 armazéns que a Coamo possui espalhados pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul devem ser modernizados. Com a ampliação e modernização da rede de armazéns, a Coamo vai ampliar a armazenagem a granel em 265 mil toneladas, alcançando a capacidade máxima de 3.665 milhões de toneladas. "É preciso modernizar e mecanizar para depender o mínimo possível de mão de obra, hoje escassa no mercado", disse Gallassini.
Moinho
O restante do valor, R$ 82 milhões, está programado para a duplicação da estrutura de hidrogenação de gorduras vegetais elevando a capacidade das atuais 2 mil toneladas/mês para 4 mil toneladas/mês e a construção de um moinho de trigo para processamento de 500 toneladas/dia. Após a desativação do moinho colonial há três anos, a Coamo arrendou uma estrutura em Mamborê, com capacidade de 200 toneladas/dia.
"Nós temos um volume de trigo muito grande, coisa de 10 milhões de sacas ao ano. A intenção é continuar com o moinho de Mamborê. Mesmo com as duas estruturas, nós ainda teremos excedente na produção", disse o presidente da Cooperativa.
De acordo com o executivo, ainda é cedo para saber qual será a taxa de retorno dos novos investimentos. Porém, a previsão é aumentar o faturamento a uma taxa de 20% ao ano. Em 2011, a Coamo teve arrecadação de R$ 5,97 bilhões.