Renan Drachemberg, está colhendo 25 sacas por hectare.| Foto: Jonathan Campos/gazeta Do Povo

Depois do Oeste, as regiões Sudoeste e Centro-Oeste do Paraná começam a avançar na colheita da safra de soja, que deve atingir 10% nesta semana, com predomínio do sol. A Expedição Safra percorreu nos últimos dias os Campos Gerais, o Norte, o Centro-Oeste, o Centro e o Sudoeste do estado. Técnicos e jornalistas apuraram que a boa condição das plantas nessas regiões promete elevar nos índices de produtividade, mesmo em zonas que tiveram estiagens de três semanas.

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Em Quarto Centenário (Centro-Oeste), onde foi lançada a colheita nacional da soja sábado, o uso de novas tecnologias rebate a falta de chuva. Com 2,6 mil hectares, o Grupo Boa Sorte mantém sua meta de passar de 57 para 65 sacas de soja por hectare, disse o produtor Carlos Apoloni.

“As áreas com perdas são pequenas se considerada a extensão total das lavouras no Paraná. De uma forma geral, a condição climática desta temporada tem sido boa, o nível tecnológico avançou e os produtores fizeram um controle eficiente das pragas”, avalia o supervisor do Departamento Técnico da cooperativa Coamo Alex Fernandes Carlis.

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Na região de Guarapuava, o atraso na colheita do trigo acabou contribuindo primeiro para o rendimento do cereal, que passou de 3 mil quilos por hectare, e agora para a soja. O plantio de verão ocorreu 15 dias depois do normal e isso fez com que o veranico de dezembro tivesse impacto menor sobre as plantas, que estavam pequenas e exigiam pouca água, conta o produtor Gibran Thives Araújo, de Candói.

Ele cultiva 2,6 mil hectares de soja e 400 hectares de milho. Com média de 4 mil e 11 mil quilos por hectare, respectivamente, atribui os resultados também ao histórico das fazendas, “resultado de mais de 30 anos de plantio direto”.

Apesar dos relatos de boa produtividade, o clima ainda é de cautela. Para o presidente da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Ágide Meneguette, “o veranico está impactando na produção”. Segundo o secretário estadual de agricultura, Norberto Ortigara, há risco de perda de potencial em algumas áreas, principalmente no Oeste e na região de Londrina.

Colaborou Carlos Guimarães Filho