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Levantamento

Com 238,5 milhões de toneladas, Conab estima recorde da safra de grãos

A soja vem se consolidando como o principal produto na evolução do agronegócio brasileiro e que tradicionalmente impulsiona o incremento da área nacional produtora de grãos. | Albari Rosa/Gazeta do Povo
A soja vem se consolidando como o principal produto na evolução do agronegócio brasileiro e que tradicionalmente impulsiona o incremento da área nacional produtora de grãos. (Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

A safra brasileira de grãos em 2018/19, em fase de plantio, deve alcançar volume entre 233,6 milhões e 238,5 milhões de toneladas, com uma variação entre 2,5% e 4,7% a mais do que na safra passada 2017/18 (227,9 milhões de t). Isso significa que a produção nacional poderá aumentar entre 5,6 milhões e 10,6 milhões de toneladas, segundo o primeiro levantamento de intenção de plantio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quinta-feira, 11.

A soja e o milho permanecem como principais culturas produzidas no País. Os dois produtos correspondem a quase 90% do que é produzido, informam os técnicos da Conab. A safra de soja pode atingir entre 117 milhões e 119,4 milhões de t, queda de 1,9% a aumento de 0,1% sobre a safra 2017/18 (119,3 milhões de t).

A soja vem se consolidando como o principal produto na evolução do agronegócio brasileiro e que tradicionalmente impulsiona o incremento da área nacional produtora de grãos, apresentando, neste exercício, intervalo entre 35,4 milhões e 36,2 milhões de hectares, diz a Conab.

A produção de milho total (são duas safra por ano) pode alcançar até 91,1 milhões de t, aumento de até 12,7% sobre a safra anterior (90,79 milhões de t). Estima-se que a primeira safra de milho pode ser maior em relação à passada, alcançando entre 26 milhões e 27,3 milhões de t, enquanto a segunda seria de até 63,7 milhões de t.

Conforme a Conab, a grande aposta dos produtores de milho é a expectativa de normalização das chuvas para a temporada que se inicia. O mercado mostra-se promissor e vem se fortalecendo a cada ano, com as alternativas de exportação para o mercado chinês, os reflexos da taxa de câmbio e a fabricação de etanol a partir de milho, além do forte mercado interno produtor de proteína animal.

O estudo mostra também que a definição da área plantada do milho está condicionada à evolução do clima nos próximos meses, que estimulará, caso ocorra normalização das chuvas, o uso de um pacote tecnológico avançado, fato não ocorrido na temporada passada. A estimativa de área total deverá apresentar forte incremento, com um intervalo de 16,6 milhões a 16,8 milhões de hectares.

Outras culturas também destacaram-se com a estimativa de aumento da produção, como o algodão em pluma, que deve crescer entre 3,9% e 15,7%, para 2,08 milhões a 2,32 milhões de t ante a safra anterior, de 2 milhões de t. Segundo a Conab, o bom desempenho das cotações da pluma, tanto no mercado interno quanto no externo, estimulou os produtores a investirem na lavoura, sendo esperados incrementos recordes na área plantada.

A safra de arroz deve registrar queda de 8,4% a 1,7%, totalizando entre 11 milhões e 11,9 milhões de t, em comparação com 12,1 milhões de t na safra 2017/18.

Já a primeira safra de feijão (são três ao longo da temporada) deve ter queda de 13,2% a 8,4%, para entre 1,11 milhão e 1,17 milhão de t. A produção total da leguminosa em 2018/19 deve alcançar entre 3,14 milhões e 3,21 milhões de t, aumento respectivamente de 0,6% a 2,8%.

Com relação à área total de grãos no País, a perspectiva é de aumento de 0,2% a 2,3% para o plantio da safra 2018/19, que poderá variar de 61,9 milhões a 63,1 milhões de hectares.

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