Apesar do tombo no faturamento da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), a exposição agropecuária de Maringá – que ocorre entre os dias 7 e 17 deste mês no Centro-Oeste do Paraná –vai tentar manter faturamento de R$ 340 milhões e público acima de 500 mil. Essas foram as marcas da edição do ano passado, conforme a Sociedade Rural de Maringá (SRM), quando a região teve quebra de um terço na produção de soja devido a uma sequência de veranicos.
Neste ano, a produção de soja se recuperou na região. A produtividade passou de 2,9 mil para 3,4 mil quilos por hectare. Os preços da oleaginosa (R$ 57,50 por saca) são considerados remuneradores e os da carne bovina (entre R$ 147 e R$ 150 por arroba na metade Norte do estado), recordes. Além disso, as regiões Centro-Oeste e Norte estão entre as que demonstram mais ânimo e ampliam o plantio de trigo, conforme o setor produtivo.Esse ânimo favorece os negócios, considera a SRM. Outro fator de estímulo é a reta final do prazo do Plano Agrícola e Pecuário 2014/15, que permite financiamento de máquinas sob juro padrão de 6,5% ao ano até junho.
O agronegócio dá como certa nova alta nos juros a partir de julho. O governo mexeu no Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que oferecia as melhores linhas de crédito para aquisição de máquinas. Os recursos foram enxugados e os juros, que variavam de 4% a 8% ao ano, subiram para até 11% ao ano. As atenções voltaram-se para o Moderfrota, um instrumento com juros subsidiados criado na virada do século, que também sofreu ajustes, mas ainda assim apresenta juros melhores que o PSI. Na prática, o setor está diante do fim de uma era de juros baixos.
No primeiro trimestre deste ano, as vendas de colheitadeiras no Brasil desabaram 42% na comparação com o mesmo período de 2014. Já as vendas de tratores de rodas recuaram 14,5% em 2014 e acumularam percentual semelhante de retração entre janeiro a março, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos (Anfavea).
Mesmo assim, a ExpoLondrina, realizada um mês atrás, divulgou faturamento equiparável ao de 2014, com negócios próximos de R$ 400 milhões. O público também teria se sustentado acima de 500 mil visitações.
As Expoingá tem 11 dias de leilões, programação técnica, shows musicais e rodeios. A exposição reúne agropecuária, indústria e comércio. É apontada como reflexo da economia da região e também como oportunidade de negócios. Mais de 10 mil pessoas trabalham direta ou indiretamente na Expoingá, segundo a SRM.
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