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Agricultura

Com novo formato, Efapi mira em mercado de grandes feiras

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A 36ª Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Ponta Grossa(Efapi) deve marcar o início de uma nova era do evento, que pretende deixar o “calendário de quermesses” e entrar no mercado de grandes feiras do estado. O objetivo é antigo, mas agora conta com apostas concretas – e de risco – da Sociedade Rural dos Campos Gerais, organizadora da Efapi. Sob o comando da engenheira agrônoma Sandra Queiroz há pouco mais de um ano, a entidade tem recorrido a parcerias com setores público e privado para colocar em prática um planejamento estratégico elaborado após um giro pelas principais feiras agropecuárias do país. O período de realização da feira, o layout e a ampliação da programação e do espaço de exposição, devem dar um novo rumo para o evento a partir deste ano.

Como é a nova Efapi?

Daqui pra frente, vamos fidelizar os espaços. Estamos com um layout mais moderno e mais agradável, num formato de feira técnica. Separamos a parte popular, porque temos um grande parque. Teremos estacionamento VIP para o comprador e espaço adequado para alimentação. Não queremos perder o antigo público, mas queremos o comprador do meio rural. Pode ser que não tenhamos tudo isso neste ano, mas estamos plantando hoje um planejamento para que daqui a alguns anos tenhamos uma feira de valor.

Os expositores já responderam a essas mudanças?

Com certeza. Dobramos o número de expositores de maquinários e apostamos também na pecuária. Agora é uma época de leilões. Até julho, se compra touros e setembro é estação de monta. Na região dos Campos Gerais, temos o maior núcleo de cavalos crioulos depois do Rio Grande do Sul. Sediamos uma fase do freio de ouro, que a principal competição nessa área. Com relação aos leilões, nós teremos oito e tínhamos somente um. Teremos leilões de elite e de gado geral, de cavalo de lida, que é uma inovação.

Tem metas?

Temos metas, sim, e também cálculos de riscos, planos A, B, C e D. Acredito que não temos que focar em faturamento agora. Primeiro precisamos melhorar as condições do evento. Vamos fazer uma análise posterior para ver se estamos no caminho ou se precisaremos fazer algum conserto de percurso.

Por que a Efapi ainda não se consolidou no calendário de grandes feiras?

Porque ficamos sem parque. O [parque] Manoel Ribas era do estado e depois virou a UEPG [Universidade Estadual de Ponta Grossa]. Conseguimos uma outra área e estamos na luta de uma infraestrutura que viabilize a feira e o entendimento para solidificar o evento, tirar do mercado de quermesses e coloca-lo no mercado de feiras. Estamos apostando a nossa credibilidade nessa história.

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