Para suprir o consumo nacional, estimado pela Conab em 3,7 milhões de toneladas anuais, o Brasil importa feijão preto. O fornecedor mais tradicional é a Argentina. Até maio, o país havia recebido pouco mais de mil toneladas de produto argentino, 94% menos que em igual período do ano passado. Mas esse número irá crescer significativamente a partir de agora, avaliam analistas. "Em julho só vai ter produto argentino no mercado", prevê Marcelo Lüders, analista da Correpar e presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe). A colheita da terceira safra brasileira é intensificada entre agosto e setembro. Até lá, é o produto importado que abastece o mercado nacional, explica Sandra Heitzel, analista da Unifeijão.
No ciclo anterior, como a safra nacional foi menor e havia dificuldade para trazer o produto da Argentina, a China foi um grande fornecedor de feijão do Brasil. Nesta época de 2008, o país havia importado quase 16 mil toneladas do grão chinês. Neste ano, são 21,2 mil toneladas no total, 14,2 mil (48%) da China "Mas não deve vir mais muita coisa de lá este ano porque fica mais caro que trazer da Argentina, que está colhendo uma boa safra", afirma Lüders, lembrando da TEC, tarifa de 10% que incide sobre as importações de feijão de fora do Mercosul.
"Até porque no início do ano já começa a entrar a nova safra das águas brasileira", concorda Sandra. Na sua avaliação, a tendência inicial é de manutenção da área. "Mas ainda vai depender muito de clima. Também pode ser que ocorra um pequeno recuo caso os preços do milho e da soja continuem mais atrativos que os do feijão nos próximos meses", pondera.
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