Uma conífera de origem japonesa em formato de bonsai está ganhando lugar nas vendas como pinheirinho. A Criptoméria Japônica Pipo, com cerca de 50 centímetros, tem um custo um pouco superior ao das árvores natalinas maiores, mas uma vida mais longa e a aparência de árvore grande.
As vendas de bonsais neste período do ano dobram. De 40 mil de faturamento mensal, chega-se a R$ 80 mil, como em anos anteriores. Além da Criptoméria para ornamentar como pinheirinhos de Natal, outras espécies são comercializadas para presentes ou lembranças de final de ano oferecidos por empresas aos seus colaboradores. Edson Anderman comenta que até mesmo espécies frutíferas de bonsai são ornamentadas no Natal.
O que representava 10% do faturamento da Belvedere Plantas em 2007, já passa dos 25% das vendas neste ano, pelo aumento da produção. O valor varia de acordo com o tamanho, a idade e o trabalho que o bonsai exigiu. Grande parte é vendida em média com 4 anos e pode ser encontrada a partir de R$ 25 o pé. "Por algumas espécies terem um custo baixo, o bonsai se torna uma opção atrativa nesse período do ano, como também têm empresas que compram em grande escala para presentear os seus funcionários", avalia Anderman.
A técnica de origem chinesa do século III a.C. se disseminou no Japão a partir do século XII chegando à Europa no século XIX. O bonsai está se popularizando cada vez mais no Brasil, como já aconteceu na Europa, comenta Carlos Tramujas, que trabalhou em um dos maiores viveiros da Europa, o Mistral Bonsai, na Espanha. "O bonsai pode sobreviver por mil anos, desde que seja bem cuidado. Precisa de luz solar, ser regado praticamente todo dia, como ser adubado esporadicamente", recomenda Tramujas.