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O prêmio para escoamento de milho que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai pagar na próxima terça-feira será 48% maior que o oferecido uma semana atrás em 310 dos 399 municípios do Paraná. Essa foi a principal mudança para o segundo de uma série de 12 leilões eletrônicos, que pretendem retirar 12 milhões de toneladas do produto das regiões produtoras. A estratégia tenta socorrer os produtores, que se dizem em apuros pelo excesso de grãos no mercado. A oferta faz os preços caíram abaixo dos custos.

O estado foi dividido em duas regiões no edital do leilão eletrônico marcado para dia 8, às 9 horas. Na primeira delas, que abrange 78 municípios próximos a Ponta Gros­­sa e Guarapuava, os compradores de milho continuarão recebendo R$ 2,52 para pagar preço mínimo de R$ 17,46 a saca aos produtores – o mercado paga R$ 2,8 a menos. Esse foi o prêmio praticado para todo o estado no leilão de quinta-feira da semana passada. Para quem comprar milho dos 310 municípios do Sudoeste ao Norte do Paraná – próximos a Pato Branco, Cascavel, Toledo, Campo Mourão, Maringá e Londrina – o valor foi elevado em R$ 1,20 por saco – para R$ 3,72.

No último leilão, apesar de o prêmio ter sido considerado baixo pelo setor, as 120 mil toneladas previstas tiveram compradores. O mercado disputou a compensação de R$ 2,52, considerando que o valor viabiliza a exportação a partir de regiões próximas a Paranaguá. A procura foi tanta que a Conab teve condições de reduzir o prêmio em 4,7% durante o leilão. O volume de milho a ser escoado no próximo leilão também será de 120 mil toneladas – 80 mil da região que receberá prêmio com 48% de reajuste.

As mudanças atendem parcialmente as reivindicações dos produtores. A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) pede ainda a ampliação do volume a ser escoado por leilão. Em todo o país, cada leilão deve escoar 1 milhão de toneladas. Mato Grosso está sendo contemplado com 600 mil toneladas por edição, Mato Grosso do Sul com 80 mil, Distrito Federal e Goiás, juntos, com 130 mil e Minas Gerais com 70 mil.

Apesar da participação paranaense continuar sendo de 12%, as mudanças foram positivas para o estado, afirma o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra. "Desta vez, as regiões mais distantes terão chance de escoar o milho acumulado", aponta. A companhia informou que a ampliação do volume de milho a ser escoado do Paraná para outras regiões depende do comportamento do mercado diante de cada leilão. O teto de 120 mil toneladas deve ser elevado se a pressão da oferta continuar muito acima da demanda, explica o técnico da Conab Eugênio Stefanelo.

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