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Manejo no cultivo de sementes GM se torna mais complexo (foto 1)

O Congresso Brasileiro de Ciência das Plantas Daninhas, realizado na última semana em Ribeirão Preto (SP), mostrou que o manejo controlado é a estratégia mais eficiente para o controle do mato resistente ao glifosato. A buva (foto), por exemplo, afeta o cultivo da soja trangênica, que depende desse herbicida. As empresas que vendem agrotóxicos estão divulgando que o uso de produtos certos em doses corretas pode evitar o aparecimento de ervas resistentes. A Bayer CropScience, por exemplo, apresentou o conceito Muito Mais Manejo, que refere-se ao manejo integrado do mato como alternativa. A intenção é não só estimular o controle da planta daninha resistente já instalada, mas também das que possam ganhar resistência. A estratégia requer rotação de culturas e de herbicidas.

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Revendas ganham participação na concessão de crédito

Estimativa do Instituto Matogros­sense de Economia Agro­pecuária (Imea) mostra que as multinacionais de fertilizantes e grãos deverão financiar apenas 25% do custeio da safra de soja no estado em 2010/11, ante 35% no ciclo passado. Parte dos recursos que deixarão de ser fornecidos pelas chamadas tradings será compensado pelo aumento, de 14% para 20%, no financiamento proporcionado pelas revendas de insumos. O Imea calcula que o custeio do plantio da próxima safra chegará a R$ 6 bilhões. Outros 37% das necessidades de custeio virão do bolso do próprio produtor, ante 34% na safra passada. No Paraná, estima-se que as tradings mantenham participação de um terço. Os bancos oferecem também um terço e o restante dos recursos deve ter origem no bolso do produtor.

China deve importar 49 milhões de toneladas de soja neste ciclo

A China, maior comprador de soja do mundo, deve importar um recorde de 49,7 milhões de toneladas da oleaginosa até setembro de 2010, de acordo com estimativa divulgada pela consultoria alemã Oil World na semana passada. O volume é 21% superior ao registrado na temporada anterior (2008/09). O prognóstico da Oil World supera a estimativa do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que estima as compras chinesas em 48 milhões de toneladas. No primeiro semestre de 2010, o país asiático importou 17% mais soja, num total de 25,8 milhões de toneladas do grão. Estados Unidos, Brasil e Argentina são os principais fornecedores. De acordo com a Oil World, o incremento se deve ao fato de a produção doméstica chinesa não comportar a demanda local em sua totalidade, levando o país a recorrer às compras no mercado externo, a fim de abastecer suas reservas.

Cautela do produtor pode pressionar preços de insumos

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A valorização da soja no mercado internacional em julho, a menos de dois meses do início do plantio da nova safra, não foi suficiente para animar os produtores a acelerar a compra dos insumos necessários para a formação das lavouras. A desvalorização do dólar ante o real, contudo, não melhorou as contas do agricultor e as transações envolvendo fertilizantes, defensivos e outros produtos seguem a passos lentos, segundo cooperativas do Sul e do Centro-Oeste. A avaliação geral é que o produtor está aguardando alta nas cotações dos grãos para ir às compras. Por enquanto, o mercado informa que predominam contratos de trocas e vendas escalonadas. O quadro tende a pressionar os preços dos insumos e tornar o custo de produção deste ano menor do que o da safra 2009/10. Para o Centro-Oeste, os técnicos já preveem custo de produção de 5% a 6% menor.

Demanda chinesa estimula plantio recorde no Brasil (foto 2)

A "fome" da China por soja sustenta previsão de que o plantio da oleaginosa será recorde no ciclo 2010/2011 no Brasil. A baixa rentabilidade do milho também contribui para o fenômeno. Na última safra, o Hemisfério Sul se concentrou na soja en­­quanto os Estados Unidos apostaram mais no milho. O quadro pode se repetir com a soja atingindo 24 milhões de hectares – mais de 4 milhões no Paraná. A estimativa foi lançada pela Agência Rural e parte de avaliações dos técnicos do setor. Conta com a possibilidade de o Brasil chegar ao fim do ano com 11 milhões de toneladas de milho em estoque. Em Mato Grosso, no entanto, há previsão de que o algodão tome área da soja. Como esse estado é o principal produtor brasileiro de soja, uma redução pode interferir nos números nacionais.