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A expansão das commodities agrícolas no mercado global -- ligada ao aumento do consumo de alimentos e proteínas no planeta de 7 bilhões de habitantes -- exige a renovação e a revisão das regras de comércio. A avaliação foi detalhada na manhã desta quinta-feira (27) na conferência de abertura do 2º Fórum de Agricultura da América do Sul,promovido pelo Agronegócio Gazeta do Povo em Foz do Iguaçu.O crescimento do mercado se impõe nesse contexto num movimento liderado pela América do Sul, apontou o coordenador do Fórum, Giovani Ferreira. "O mercado mundial da pecuária cresceu 20%, e a participação sul-americana avançou o dobro disso. Enquanto o mercado de grãos avançou 50%, a América do Sul chegou a 74%", afirmou. Importadores e exportadores se deparam com a necessidade de demarcar as relações bilaterais ou entre blocos seja no âmbito do Mercosul ou no da Organização Mundial do Comércio, conforme Jorge Fontoura Nogueira, árbitro do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul. Por outro lado, dos mais de 600 contenciosos em discussão, só 77 estão relacionados ao agronegócio, citou."Os países em desenvolvimentos têm muito interesse na regulamentação e há muito por fazer. E não se trata daquela chorumela de um grupo de países que quer se desenvolver. A regulamentação interessa a todos", afirmou Nogueira."Questões que estão na OMC definem o bem estar de uma nação."A própria volatilidade nos preços exige que os países produtores tomem medidas na esfera comercial, criando regulamentação e mecanismos de proteção -- num conjunto de medidas que abrange a agregação de valor à produção primária. "Infelizmente, não tenho um presente de Papel Noel para vocês em relação à tendência de preços", disse William Tierney, economista chefe Ag Resource, empresa norte-americana de informações sobre o setor, numa referência a sua barba branca e à falta de bases para elevar a renda no campo.Os preços recordes de 2008 e 2012, que se sustentaram em patamares elevados até o ano passado, devem-se à quebras sequenciais na produção, que inflaram índices em mais de 30%. A questão que não há respaldo para elevar a produção sem crescimento na demanda por alimentos ou biocombustíveis, defendeu.A tendência de consumo cada vez maior de biocombustíveis foi tema de Jorge Samek, diretor geral brasileiro na Itaipu Binacional. Participou da conferência também O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wilson Vaz de Araújo.

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