Foi-se o tempo em que o machismo era aceitável no campo. Se no passado a atividade no meio rural se restringia a força bruta, hoje cresce o espaço para a sensibilidade e o detalhismo feminino. De pequenas produtoras a líderes de grandes entidades e ministérios, cresce o número de mulheres que atuam na linha de frente do agronegócio brasileiro. Estudo da Associação Brasileira Marketing Rural e Agronegócio (ABMR&A) indica que as mulheres comandam pelo menos 10% das propriedades rurais do Brasil. E para valorizar o empoderamento feminino no campo, o Agronegócio Gazeta do Povo presta uma homenagem a algumas delas no Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira (08):
Kátia Abreu, ministra da Agricultura
Kátia Abreu foi a primeira mulher a ocupar a presidência da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cargo para o qual foi eleita três vezes, e a primeira a ser nomeada ministra da Agricultura. Psicóloga por formação, Kátia Abreu é pecuarista em Tocantins. A trajetória política começou naquele estado quando assumiu a presidência do sindicato rural de Gurupi, em seguida a Federação de Agricultura e Pecuária. Foi eleita deputada federal e senadora. Também presidiu a Frente Parlamentar Agropecuária.
Mônika Bergamaschi, ex-secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
Engenheira agrônoma, Mônika Bergamaschi foi a primeira mulher a comandar a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, cargo que ocupou entre 2011 e 2014. Também foi presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri).
Elizabeth Farina, presidente da União das Indústrias da cana-de-açúcar
À frente da União da Indústria de cana-de-açúcar (Unica) desde 2012, a economista Elizabeth Farina, é professora titular aposentada da Faculdade de Economia, Administração e Ciências Contábeis da Universidade de São Paulo (FEA/USP), foi chefe do Departamento de Economia de 2002 a 2004 e novamente entre 2011 e 2012. Foi presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autarquia ligada ao Ministério da Justiça. Por mais de dez anos foi vice-coordenadora do Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial (Pensa) da FEA/USP.
Cecília Falavigna, produtora rural em Maringá (Norte do Paraná)
A morte do marido, há 18 anos, forçou a produtora rural a tomar as rédeas da propriedade. Com três filhos para criar e o desafio de dar continuidade ao negócio, ela abandonou a atividade de professor e começou a buscar informações sobre como gerenciar a fazenda. O apoio da cooperativa Cocamar ajudou a manter a atividade viável e levou a produtora a apostar na diversificação, cultivando grãos e laranja. A coroação do trabalho ocorreu no ano passado, quando ela saiu vencedora do Concurso de Produtividade de Soja da cooperativa, obtendo uma produtividade de 79,9 sacas por hectare.
Juanice Boszcz, produtora rural em Contenda (Região Metropolitana de Curitiba)
A história de Juanice representa ao mesmo tempo um caso de empoderamento feminino e de êxito na sucessão rural. A propriedade, inicialmente gerenciada pelo pai, tinha como carro-chefe o cultivo de grãos, que com apenas dois hectares plantados já não garantiam o sustento da família. Nesse momento a jovem decidiu apostar no cultivo de cogumelo champignon e em seu processamento. Desacreditada por muitos, a aposta deu certo e hoje responde por 100% da renda da família, garantindo emprego a todos os familiares. O produto possui inclusive marca registrada: Pratto Fino, que pode ser encontrada nos supermercados de Curitiba.
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