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| Foto: Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo

O consumo de café em cápsulas no Brasil é uma tendência que veio para ficar e se consolidar nos lares e também fora deles, tanto em cafeterias como em bares, restaurantes, escritórios e demais ambientes de trabalho. De acordo com uma recente pesquisa realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o mercado de café em cápsula deverá registrar um crescimento superior a 100% de 2014 até 2019.

Atualmente no país esse segmento corresponde a 0,6% do volume total consumido, o que representa em torno de 980 mil toneladas. Até 2019, as cápsulas deverão chegar a 1,1% do consumo, um crescimento médio anual de 15,3% em cinco anos, podendo crescer mais de 100% nesse período e chegar a 1,126 milhão de toneladas. Dessa forma, espera-se que o mercado de cápsulas movimente R$ 2,2 bilhões com 12 mil toneladas de café até 2019. A pesquisa atribui esse crescimento a maior disponibilidade de cápsulas e também a preços acessíveis do produto, fatores conjugados que serão grandes impulsionadores desse consumo.

Para o diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz, o desenvolvimento desse segmento de cápsulas poderá gerar boas oportunidades de negócios a inúmeras empresas de todos os portes. “Mas é preciso auxiliar e apoiar o industrial no conhecimento dos atributos positivos do café em cápsula, a fim de que ele ofereça aos consumidores a certeza da qualidade do produto. Exatamente por isso, a entidade, que já conta com outros Programas de Certificação para Pureza e Qualidade do Café Torrado e Moído, também desenvolveu agora a certificação de cafés em cápsulas”, conclui.

A pesquisa ainda afirma que o mercado de café em cápsula continuará crescendo em ritmo acelerado, apresentando maiores taxas de crescimento global. O preço mais baixo e o crescimento do consumo dará impulso à categoria.

Pesquisa

A pesquisa também sugere que a crise causa desaceleração do consumo no curto prazo, mas a ‘premiunização’ (categoria superior de café com grãos cuidadosamente selecionados e blends diferentes) se mantém como importante fator de consumo. E destaca três pontos importantes: o café tradicional em pó de preço mais baixo ganha espaço no curto prazo por conta da crise e dos altos índices de desemprego. Por outro lado, produtos de melhor qualidade seguirão firmes no longo prazo. Além disso, apesar do aumento dos custos operacionais de produção, a qualidade não será afetada.

No geral, os dados da pesquisa são positivos e motivadores para o mercado de food service (mercado de alimentação fora do lar). Nesse caso, a pesquisa demonstrou que há uma concentração de 68% no varejo e de 32% no food service. A projeção dos dados é de aumento do food service para 36% e de redução do varejo para 64%, o que mostra que o consumidor buscará mais o consumo do café fora do lar. O Relatório ainda destaca em suas análises que o consumo de café deverá crescer no período de 2016 a 2017 a uma taxa de 2,9%, possibilitando que o consumo anual do Brasil chegue a 21,3 milhões de sacas de 60 kg no final do próximo ano.

O Relatório também destaca que 58% dos pesquisados disseram que ainda não foram afetados pela crise, e, assim, se mostraram totalmente dispostos a manter o mesmo nível de consumo das marcas utilizadas. Em contrapartida, 41% dos que se disseram prejudicados pelo momento econômico manifestaram interesse em manter o consumo, mas com marcas mais baratas.

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