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Cooperativa vai distribuir R$ 300 milhões no Paraná

O presidente da Coamo, Aroldo Galassini: faturamento da cooperativa em 2017  deve ser similar  ao ano anterior | HUGO HARADA/GAZETA DO POVO
O presidente da Coamo, Aroldo Galassini: faturamento da cooperativa em 2017 deve ser similar ao ano anterior (Foto: HUGO HARADA/GAZETA DO POVO)

Uma tradição da Coamo deve, novamente, encher o bolso dos quase 30 mil cooperados da maior cooperativa da América Latina. No início de dezembro, já foram pagos R$ 95,4 milhões nas chamadas sobras aos produtores, como uma primeira parcela pelos resultados do ano, relativas a produtos como soja, milho, trigo e insumos.

As sobras são determinadas de acordo com o balanço patrimonial e funcionam como uma espécie de dividendos aos associados. Agora, a expectativa é pela assembleia de fevereiro, que determinará o valor restante.

“Eu considero que de três partes distribuímos uma, mas ainda estamos fazendo o balanço [dos últimos dois meses do ano]”, afirmou o presidente da Coamo, José Aroldo Galassini, em entrevista exclusiva à Gazeta do Povo.

Se a estimativa de Galassini estiver correta, o valor distribuído deve girar em torno de R$ 286,2 milhões.

Sobras e faturamento: Coamo 2017

A previsão de sobras é menor que a distribuída no ano anterior, quando o volume total chegou a R$ 338,26 milhões. O valor é um reflexo direto do faturamento, que também deve ser menor que os R$ 11,4 bilhões registrados em 2016. “Devemos chegar perto, mas vamos aguardar”, estima o executivo.

Apesar disso, o presidente da Coamo considera os resultados bons. “Se o ano foi ruim politicamente, do ponto de vista de negócios foi bom”, afirma. Ele destaca que o agronegócio foi um dos pilares da economia e revela que durante o ano, devido à supersafra e à própria situação da economia nacional, houve queda nos preços de commodities no mercado internacional, o que provocou um aumento considerável dos estoques de grãos.

Por esses motivos, uma parte da produção ainda permanece armazenada nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. “Podemos não atingir o volume do ano passado porque se o cooperado não vende, e o que não é vendido não fatura”, justifica.

Assista à entrevista na íntegra com José Aroldo Gallassini:

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