O salto que as commodities agrícolas deram nesta semana agravou a crise nas cadeias das carnes no Brasil e também na Europa. Por aqui, a soja fechou ontem a R$ 73,58 por saca de 60 quilos (média estadual). O milho encerrou a semana a R$ 26,83/sc. Essas cotações estão 15,8% e 12,1% acima das médias de julho, respectivamente. A diferença chega a 78,8% (soja) e a 20,7% (milho) na comparação com a média estadual de agosto de 2011.
Os reajustes elevam os custos dos criadouros e das indústrias e vêm sendo repassados aos consumidores. Na Europa, a inflação dos alimentos soa como agravante à crise econômica.
Os fornecedores de ração animal europeus alegam que, mesmo com aperto nas contas, não conseguem rebater a alta global dos preços dos grãos. A exemplo do que ocorre no Brasil, o milho e o farelo de soja são ingredientes básicos da ração.
Os criadores de suínos e aves, bem como os criadores de bovinos que usam ração, entram em crise no intervalo de tempo em que as commodities sobem mais rápido do que os preços das carnes. Mas, segundo os analistas, a tendência é de ajustes e elevação geral dos derivados de milho e soja.
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