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A cafeicultura recebe cuidados especiais no Paraná para melhorar a produtividade e a qualidade dos grãos. As medidas vão de palestras, cursos e atividades de campo até concursos que abordam situações como plantio, adubação, poda, controle de pragas, colheita e conservação. O objetivo é agregar valor ao produto, que teve as lavouras reduzidas em um terço nesta década.

A cooperativa Cocamar alcança 300 sacas por produtor – diante de uma média estadual de 169 sacas. Para melhorar mais seu desempenho, a empresa está preparando os cooperados, diz o gerente comercial de grãos da Cocamar, Ademir Volpato. Ele conta que, há dois anos, a cooperativa investe em tecnologia e orientações sobre poda, adubação, controle de pragas e cuidados na fase pós-colheita. "Queremos aumentar a produtividade, reduzir os custos e melhorar a qualidade."

O Paraná tem 13 mil cafeicultores, que produziram 2,2 milhões de sacas na safra 2006/07 em uma área de 107 mil hectares. Os dados são da Secretaria da Agricultura e Abastecimento (Seab). A cultura é bienal – num ano a safra é boa e no outro, razoável. A perspectiva para a safra 2007/08 é que haja uma queda de 20% na produção. Entre 2000 e 2005, as lavouras foram reduzidas em um terço por causa das geadas e dos preços baixos, que abriram espaço à soja. A previsão é de que a produção volte a crescer a partir da safra 2008/09.

As perspectivas do setor são boas, conta Nelson Luis Possetti, 36 anos, vencedor do concurso Café Qualidade Paraná, realizado em novembro, na categoria "descascado". Ele planta café há mais de 20 anos em Ribeirão Claro (Norte Pioneiro). Mesmo sem aumentar a área de plantio de 34 hectares, estima que sua produção vai passar das 500 sacas beneficiadas na safra 2006/07 para entre 700 a 800 sacas na safra 2007/08. A explicação é o aprimoramento técnico da produção. "Temos o privilégio de estarmos 850 metros acima do nível do mar. A neblina e o clima mais fresco ajudam o café."

O Café Qualidade mostra que o Paraná tem condições de produzir café cada vez melhor. "Conseguimos legitimar a qualidade e reforçar o elo da cadeia produtiva, além de mostrar que produzimos um dos melhores cafés do país", explica o coordenador estadual de café da Seab, Paulo Sérgio Franzini.

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