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A agilidade na aplicação e o custo compatível com o sistema terrestre estão entre os motivos que justificam o recente crescimento da aviação agrícola no país e inclusive no Paraná. Além disso, a flexibilidade das aeronaves já permite sua operação em pequenas áreas. Jeferson Luis Resende, piloto agrícola e assessor aeronáutico do Nata, explica que áreas a partir de 50 hectares já são cobertas por pulverização aérea. O avião só não opera em lotes menores por uma questão de viabilidade econômica.

Respeitada a topografia do terreno, na região de Guarapuava um avião cobre de 70 a 80 hectares por hora, enquanto que um dos pulverizadores tradicionais mais modernos não faz mais do que 15 hectares, compara o piloto. "Com o aparecimento da ferrugem asiática, que se prolifera rapidamente e exige uma resposta imediata do produtor, a aviação agrícola torna-se fundamental", destaca Jeferson.

O custo da aplicação aérea fica entre R$ 20 e R$ 30 por hectare, de acordo com a área do cli-ente. O valor, segundo Fernando Echeverria, é competitivo diante do sistema terrestre, pela quebra na produção com o amassamento das plantas pelo trator, as despesas com combustível e manutenção do parque de máquinas. Ele acredita que a aviação agrícola tem espaço para crescer no Paraná, apesar de já ter sido maior. Na última safra, a sua empresa, a Terceiro Milênio, prestou serviço em 30 mil hectares no estado, área que na década de 60 atingia 60 mil hectares.

Como existe dificuldade na contratação de mão-de-obra, Fernando entende que a formação acadêmica pode fomentar a atividade e recuperar parte da área antes coberta. Basicamente, a aviação agrícola é utilizada em lavouras de algodão, soja, milho, cana-de-açúcar e arroz irrigado. "A ampliação da área de cultivo no Brasil e a migração de pilotos agrícolas para a aviação comercial abre espaço para a formação de novos profissionais, que já estão em falta no mercado."

Antiga Aeropar, a Terceiro Milênio é uma empresa familiar fundada em 1967. Com oito aviões em operação, presta serviço em vários estados, inclusive em lavouras de café, no Espírito Santo.

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