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Da seringueira à pecuária, desafio é sustentar atividade

A diversificação faz parte da história do Oeste paulista e reflete o desafio de sustentação da atividade rural. Há três gerações na produção de leite, a família de André Junqueira de Andrade, vende 10,5 mil litros por dia em Lins, uma das 30 maiores produções no Brasil. Mesmo assim, a renda da atividade é considerada pouco compensadora atualmente. O ponto de apoio nesta fase são 55 mil pés de seringueira (500 hectares), alternativa explorada há 20 anos que apresenta melhores resultados.

A diversificação exige investimento de longo prazo. A implantação da seringueira custa R$ 10 mil por hectare e sete anos de espera para a extração de látex, relata Andrade. E o setor não está livre de oscilações. "O preço do quilo de látex caiu de R$ 2,20 para R$ 1,05 no último ano", cita.

Essas duas opções, além do gado de corte, mostram-se consolidadas. Lavouras de soja e milho praticamente não existem, pela falta de chuvas. As de café, cultura que substituiu a extração de ouro no século 17 e teve força até a década de 70, também são raras.

Em municípios como Marília, as opções ainda estão se firmando, relata Luiz Arnaldo Cunha de Azevedo, presidente do Sindicato Rural. "Mesmo com a entrada forte da cana, ainda buscamos uma vocação que substitua o café."

O agricultores de Marília arrendam áreas de pastagens para o amendoim, cultivam seringueira, eucalipto, criam cavalos ou produzem leite e carne. A pecuária de corte detém grandes áreas, mas mesmo nesse segmento a renda só traz alguma segurança se houver especialização, conta Valmir Bellucci, criador de bezerros em 480 hectares.

A área que Bellucci conseguiu comprar para desenvolver a criação de bezerros não veio da renda da atividade rural. Ele conta que investiu o fruto de três décadas de trabalho como executivo de multinacionais em São Paulo capital.

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