Produtores rurais durante a cerimônia de encerramento do Programa Empreendedor Rural (PER).| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A quantidade de ônibus e placas de cidades diferentes no estacionamento no Expotrade Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), já mostrava que, ali, tinha gente de todas as regiões do Paraná, do “polaco” do Sudoeste ao “pé vermelho” do Norte. Mas só entrando no auditório era possível ter noção do tamanho dessa multidão: cerca de 5 mil pessoas vieram acompanhar a cerimônia de encerramento do 15º Programa Empreendedor Rural (PER), nesta sexta-feira (1º), organizado pelo sistema FAEP/Senar-PR em parceria com o Sebrae e a Fetaep (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Paraná).

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Entre os milhares de visitantes, centenas de produtores responsáveis pelos 102 trabalhos inscritos no projeto, que, todos os anos, escolhe as três melhores iniciativas.

“Cada vez mais, nosso produtor está percebendo a necessidade da mudança. Mas, mais importante até que o número de inscritos é o nível de qualidade crescente”, afirma o superintendente do Senar-PR, Humberto Malucelli Neto. “Fazemos questão de ter elementos externos na avaliação, professores que vêm de fora e dão um retorno extremamente positivo.”

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Ônibus de todas as regiões do estado chegaram a Curitiba nesta sexta-feira (1º) pela manhã.
Presidente da FAEP, Ágide Meneguette discursa durante a abertura da cerimônia.
Evento teve a participação de 5 mil pessoas.
Produtores rurais, lideranças do setor e autoridades fizeram parte do público.
Ágide Meneguette: “O produtor não é lavrador, ele é empreendedor, gestor, não importa o tamanho.”
Beto Richa: “Nós viemos recessões, reduções de atividade econômica, mas o agronegócio demonstra sua força, sua crença e faz sua parte.”
Produtores rurais “são os responsáveis pela economia e geração de emprego do Paraná”, ressalta o governador (PSDB).
Entre os milhares de visitantes, centenas de produtores responsáveis pelos 102 trabalhos inscritos no projeto, que, todos os anos, escolhe as três melhores iniciativas.
Final do Empreendedor Rural teve apresentação de música sertaneja.

“O produtor não é lavrador, ele é empreendedor, gestor, não importa o tamanho. Eu mesmo visitei uma propriedade em Marechal Cândido Rondon, que tem 15 mil metros quadrados e está gerando seis empregos, produzindo hortaliças”, salienta o presidente da FAEP, Ágide Meneguette. “Precisamos cada vez mais profissionalizar o homem do campo, dentro das novas tecnologias que as pesquisas pública e particular colocam à disposição, para termos esse retorno de exportações e para abastecermos a população brasileira.”

O evento teve a participação de autoridades e lideranças do setor agropecuário. “Nós vemos recessões, reduções de atividade econômica, mas o agronegócio demonstra sua força, sua crença e faz sua parte. São os responsáveis pela economia e geração de emprego do Paraná”, ressalta o governador Beto Richa (PSDB).

Sobre o PER

O Programa Empreendedor Rural começou em 2003 e, desde então, já formou 29 mil pessoas em um curso de 160 horas, especializado em desenvolver habilidades de gestão e inovação entre os produtores. Na edição 2017, foram 1,1 mil participantes. “Temos os programas de profissionalização para o nosso trabalhador, que já treinaram mais de 100 mil pessoas no estado”, frisa o presidente da FAEP. “Hoje, se não estudar muito e não estiver preparado, não existe um bom empreendedor. Isso está traduzido nos resultados que estamos colhendo, sempre crescentes”, completa o secretário de agricultura do Paraná, Norberto Ortigara.

Projeto voltado à suinocultura ganha o primeiro lugar no PER

A premiação dos melhores projetos do Empreendedor Rural foi o ponto alto da cerimônia desta sexta-feira (1º), no Expotrade Pinhais. Entre os 102 inscritos, dez se classificaram entre os finalistas e três conquistaram o pódio do agronegócio.

O primeiro lugar ficou com o projeto “Sítio Nossa Senhora de Fátima”, dos produtores Arlindo Moraes e Chiara Moraes, de Nova Aurora, no Oeste paranaense. A ideia é ampliar a produção de leitões, passando de 450 matrizes para 1,2 mil animais, com foco na demanda certeira de uma cooperativa local.

Na segunda colocação, os empreendedores Flávia Coral e João Paulo Dias, de Engenheiro Beltrão, no Noroeste, demonstraram como pretendem começar com a criação de bichos-da-seda na propriedade de 7 hectares. O objetivo é a complementação da renda, na região onde se produz a melhor seda do mundo.

E fazendo valer a presença em peso da pecuária leiteira entre os finalistas, o produtor Gabriel Nielsen, de União da Vitória, no Sul do Paraná, ficou com o terceiro lugar. Ele quer dobrar a produção de leite até 2021, com mais animais e mais conforto para as vacas, por meio da instalação de um Composto Barn na fazenda.

Os vencedores ganham uma viagem técnica, cujo destino ainda vai ser decidido pelos organizadores. Na edição passada, os três melhores colocados foram à Argentina.

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