A depender do clima, ao final da temporada de verão o Paraná terá reassumido o posto de primeiro produtor nacional de grãos. No ano passado o estado perdeu a liderança para o Mato Grosso. O motivo foi a estiagem, que reduziu o potencial produtivo das lavouras em mais de 5 milhões de toneladas. Essa, aliás, continua sendo a grande variável. Teoricamente, o Paraná reúne todas as condições de voltar ao topo do ranking. Na prática, porém e o histórico recente deixa isso bem claro , tanto aqui como no Centro-Oeste, as definições passam pelo humor de São Pedro.
Contudo, a disputa estatística entre os dois estados, se é que podemos chamar assim, é apenas o pano de fundo de uma realidade muito maior, que está na possibilidade de o Brasil estabelecer um novo recorde na produção de grãos. Juntos, Mato Grosso e Paraná respondem por metade da produção de soja e 40% da oferta nacional de milho. E se tudo correr bem, em especial com o clima, eles têm potencial para atingir mais de 30 milhões de toneladas da oleaginosa e mais de 20 milhões de toneladas do cereal.
Com base no desempenho dos dois maiores produtores, estejam eles na primeira ou segunda colocação, é que a Expedição Safra RPC faz uma aposta em uma safra total brasileira de 145 milhões de toneladas. A projeção considera que 80% da produção nacional, em volume, são de soja e milho. Por enquanto, apenas projeções. Até porque, não podemos esquecer do clima, que vai precisar colaborar, e muito. Além do que, a safra ainda está sendo plantada. E a Expedição ainda não terminou o trabalho de campo.
Nesta semana, as equipes de técnicos e jornalistas cumprem a última etapa do roteiro, percorrendo os estados de Santa Catariana e Rio Grande do Sul.