Nova projeção de uma década para a produção de grãos foi lançada ontem pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prevendo que a safra de 2022/23 seja de, no mínimo, 222,3 milhões de toneladas. O teto foi afixado em 274,8 milhões de toneladas, cerca de 90 MT a mais do que o volume atual. Esse avanço virá mais do aumento na produtividade do que da ampliação da área plantada, comentou o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, na apresentação do estudo Projeções do Agronegócio. O documento tem a função de indicar “para produtores e governo os possíveis rumos da agricultura”, disse. A ampliação da capacidade de armazenagem, que deve chegar a 190 milhões de toneladas em cinco anos, mostra-se insuficiente diante do novo cenário. O governo terá também de aprimorar o escoamento, conforme o Mapa. As projeções foram feitas pela Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa com índices de 20,7% a 49,2% de incremento na colheita anual. A expansão de área foi estimada entre 8,2% e 30,3%, para 75,5 milhões de hectares cultivados em 2023. Entre as culturas mais promissoras estão soja, cana e milho. Não deve haver grande expansão em arroz, mandioca, trigo, feijão e café, conforme o documento.
Exportação
44% da soja comercializada no mundo deve ser brasileira em 2023, conforme o Mapa. Metade da colheita deve ser embarcada.
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