Terça-feira, 16 de dezembro de 2008. Uma data que vai ficar na história do agronegócio brasileiro. E não se trata de nenhum tratoraço ou qualquer outra manifestação do gênero, embora a situação do setor não seja das melhores neste momento. A partir de hoje está decretado, oficialmente, o fim do clube do bolinha na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Depois de meio século sob o comando dos homens, a entidade vai experimentar o charme, a sensibilidade e, por que não, o braço forte de uma mulher.

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Ela se tornou agropecuarista mais por necessidade do que por opção. Mas, a julgar as condições em que assumiu esse papel, nunca fraquejou. Nem de longe isso deve ser interpretado como preconceito, embora ainda haja uma certa restrição às mulheres no campo. Uma postura velada, é verdade, que ninguém assume, mas que existe. Isso tudo, porém, só valoriza ainda mais a conquista dessa representante feminina, que tornou-se liderança em um universo dominado pelos homens.

Quem escreve essa história é a senadora Kátia Regina de Abreu, que antes de assumir a confederação, chegar ao posto maior de representação do setor, passou pelas bases. Dirigiu o sindicato, a federação e, agora, a CNA. Há quem diga, também, que ela não pára por aí. A próxima meta seria o governo do Tocantins, estado pelo qual ela se elegeu deputada federal e depois senadora da República.

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