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O Agronegócio mostra, na edição de hoje, que o mercado está apurando aos poucos a dimensão exata dos estragos da seca nos EUA. A colheita tira a prova final dos efeitos climáticos nas lavouras do cinturão de produção de milho e soja.

Os relatos registrados pela reportagem da Gazeta do Povo indicam que há situações extremas e que, em outros casos, as perdas são menores que o previsto. Num ano sem precedentes na memória dos produtores, o setor revê sua posição conforme as colheitadeiras vão avançando.

O certo é que, mesmo que as perdas sejam menores que as previstas, a produção dos EUA não será suficiente para recompor expressivamente os estoques mundiais. No caso do milho, terá de ser complementada pela América do Sul.

Mesmo assim, as reservas ficarão mais de 10 milhões de toneladas abaixo das 135 milhões do final da temporada 2011/12. Na soja, será difícil manter as 52 milhões de toneladas de um ano atrás – volume quase 20 milhões abaixo do estocado em âmbito internacional no final da temporada anterior.

Esses números sobre estoques são do Departamento de Agricultura dos EUA, o Usda. Em relação à safra do país, podem até ser considerados pessimistas – o mercado não descarta reajustes para cima, principalmente na soja. Porém, pelo peso que dão à safra sul-americana e, sobretudo, devido ao tempo que ainda falta para a colheita – o plantio no Hemisfério Sul só começa em setembro –, é grande a possibilidade de serem corrigidos para baixo. Ou seja, a produção mundial de 2012/13 ainda pode sofrer novos cortes.

É justamente esse panorama que torna a demanda internacional determinante, como mostra outra reportagem. Em poucos dias, será a hora de o produtor sul-americano colocar as plantadeiras em ação. E as atenções estarão voltadas para os Pampas argentinos e o Cerrado brasileiro.

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