Influenciados pelo desempenho do mercado financeiro e pela valorização do petróleo, que hoje subiu quase 3% em Nova York, os contratos futuros da soja encerraram a quarta-feira com alta moderada na Bolsa de Chicago. Depois de avançar quase 15 pontos durante a sessão, o primeiro vencimento da oleaginosa perdeu o fôlego e fechou os negócios do dia com ligeira alta de 3,5 pontos, cotado a US$ 10,5850 o bushel (27,2 quilos), ou US$ 23,35 a saca.
No campo fundamental, a soja segue dividida entre a expectativa de boas safra no Brasil e na Argentina no ciclo 2009/10 e a demanda aquecida, que reduz os estoques norte-americanos do grão mesmo em ano de safra cheia no país. Ontem, a demanda firme falou mais alto. Afinal, faltando nove meses para o encerramento do ano comercial, o país já exportou mais de 80% do previsto para toda a temporada, quando o normal nesta época do ano seria um índice em torno de 50%. As vendas são puxadas pela China, que continua comprando muito. Ontem, por exemplo, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) anunciou a venda de 116 mil toneladas de soja norte-americana para o país asiático.
O milho, apesar de ter terminado o dia praticamente estável, mantém-se sustentado acima da marca psicológica dos US$ 4 o bushel (25,4 quilos) em Chicago. Cotado a US$ 4,08 o bushel, ou US$ 9,64 a saca de 60 quilos, o primeiro contrato do cereal ganhou 0,5 ponto ontem.
No mercado interno brasileiro, os preços da soja e do milho continuam descolados do mercado internacional. Conforme levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o produtor paranaense recebeu ontem em média R$ 40,34 pela saca de soja (-0,07%) e R$ 14,97 pela saca de milho (-0,86%).