Goiânia (GO) - A produção de grãos a custos reduzidos, por si só, não garante lucro. É preciso comercializar por preços que recompensem. Num ano em que a cotação do dólar reduz a renda das commodities em real, vender no momento certo é decisivo. Porém, os produtores precisam se preparar melhor para isso, avaliam os técnicos da Federação da Agricultura de Goiás (Faeg). Seminários regionais sobre comercialização e cursos sobre mercado futuro vêm sendo realizados para munir os agricultores de informações.
A Faeg prevê redução de 15% na área do milho e ampliação de 5% na da soja. O cereal perdeu 80 mil e a oleagionasa ganhou 110 mil hectares. A explicação: o milho está em baixa e a soja é cotada na região entre R$ 38 a R$ 40, valor acima do custo, estimado em R$ 33 por saca de 60 quilos. Porém, os negócios que travam preço para a época da entrega da produção são raros e não há garantia de que essa cotação se mantenha até lá.
"Se o dólar estiver a R$ 1,60, o preço simplesmente vai empatar com o custo", afirma o agrônomo Alexandro Alves. Compensar o prejuízo do milho (cotado a R$ 15, ante um custo de R$ 16) com o lucro da soja não é satisfatório, diz o agrônomo Leonardo Machado. "O produtor tem de ganhar em todas as culturas."
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