O mercado das commodities agrícolas tira, nesta terça-feira, novos retratos sobre o andamento do plantio de soja e milho no Brasil e o ritmo da comercialização nos Estados Unidos. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) emite o 3.º levantamento da safra brasileira de 2013/14, que entra na reta final da semeadura; e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) divulga novo relatório de oferta e demanda global de grãos, o primeiro após o encerramento da colheita norte-americana.
No Brasil, os preços impulsionam o cultivo de soja e reprimem a produção de milho. Cotada a mais de R$ 60 por saca, a oleaginosa chega a valer cinco vezes mais que o cereal. O relatório da Conab vai apontar se a tendência de recuo da área de milho se estenderá ao inverno ou se limitará à safra de verão. No mercado internacional, o relatório do Usda promete mostrar com nitidez a demanda de países como a China, que mantém a soja perto de US$ 13 por bushel apesar do anúncio de uma safra recorde na América do Sul. As vendas da oleaginosa avançam nos Estados Unidos e os preços vão definir a rentabilidade da produção sul-americana.
Sem preço
2/3 da safra de soja do Brasil ainda não têm preço definido. Mais agressivo nas vendas futuras, Mato Grosso comprometeu 48% da colheita, 19 pontos a menos do que nesta época de 2012.