Os produtores de maçã ganharam um estímulo para não abandonarem os pomares. O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou, na semana passada, a liberação de crédito para o pagamento de dívidas contraídas até o dia 30 de dezembro de 2010.
O montante disponível pode chegar a R$ 300 milhões, a taxas de juros de 7,5% ao ano, prazo de pagamento de 10 anos e um ano de carência. Os recursos serão disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A medida vem a beneficiar produtores que não obtiveram retorno satisfatório em plantios anteriores, fato que em grande parte se deve a intempéries climáticas, como o granizo. A matéria "Pomar vira lavoura de soja em Palmas", publicada pela Gazeta do Povo em 3 de julho, mostrou que a falta de dinheiro para honrar as dívidas e a impossibilidade de obter crédito adicional fizeram com que muitos produtores da região Centro-Sul desistissem de investir na cultura.
Cada agricultor devedor deverá manter saldo devedor máximo de R$ 5 milhões. Nas renegociações, terá de amortizar, pelo menos, 5% do valor total do débito.