As duas geadas registradas no Paraná na semana passada ainda estão em evidência no agronegócio brasileiro. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) estimou nesta semana que as perdas para o café do Paraná devem somar 20%. O porcentual refere-se à produtividade média das lavouras e a ser confirmada no ano que vem, para quando estava prevista a colheita dos grãos atingidos pelo frio intenso. “Em alguns locais mais expostos ao vento e à baixa temperatura, inclusive, foi verificada a geada negra, ou seja, o congelamento da seiva e do tecido celular da planta, causando a morte dos pés”, afirmou o Cepea, da Universidade de São Paullo (USP). Os técnicos acreditam que só poderão ter maior noção do impacto do clima na safra do café entre setembro e outubro deste ano, que é quando as plantas entrarão no período de fixação das flores. O Cepea estima que 5% dos grãos da safra atual estão verdes, o que significa que para este ano o impacto não deve ser grande. O Paraná tem uma colheita estimada em 1,7 milhão de sacas, para uma produção nacional de 48,5 milhões de sacas. O Brasil é o maior produtor e exportador global do fruto, influenciando diretamente o mercado internacional.
Quebra
20% menos café em 2014. Esse é o tamanho da quebra climática nos cafezais do Paraná provocada pelas geadas, conforme o Cepea. Os grãos que devem ser colhidos ainda neste ano devem apresentar recuo menor.