No Fórum Global para a Alimentação e a Agricultura (GFFA), em Berlim, o Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou na última semana que “campanhas mal-intencionadas de competidores ineficientes tentam denegrir a trajetória mais vitoriosa de um país tropical no mercado internacional agropecuário”.
A crítica de Maggi é uma resposta à suposta falta de sustentabilidade no crescimento do agronegócio brasileiro. O ministro aproveitou seu discurso para destacar as metas de redução do aquecimento global no país e as políticas de conservação da biodiversidade ao mesmo tempo em que contribui para a segurança alimentar do planeta.
Um exemplo citado pelo ministro é o Código Florestal, aprovado em 2012, que definiu áreas de preservação ambiental para a atividade agropecuária.
“A legislação ambiental brasileira é uma das mais rígidas e exigentes, principalmente com os produtores rurais. O rebanho brasileiro aumentou de 145 milhões, em 1990, para 218 milhões em 2017, reduzindo o tamanho da área de pasto, no período, de 188 milhões de hectares, para menos de 167 milhões”, afirmou. Essa tendência, segundo Maggi, tem sido intensificada com o uso de tecnologias como a integração agricultura, pecuária e florestas.
O ministro ressaltou ainda o incremento na produção de grãos, de 386%, em 40 anos, contra 33% de aumento de área. “O uso de tecnologia e da inovação, em ambiente tropical, propiciou plantio de duas safras por ano com a fixação biológica de nitrogênio e o plantio direto, além de técnicas que auxiliam na incorporação de matéria orgânica e na proteção de solos de cerrado”.
O aumento aconteceu, lembra Maggi, com uma política na qual as propriedades rurais no Brasil são obrigadas a contarem com área de proteção permanente que varia de acordo com o bioma em que estão localizadas. Na Amazônia, 80% da área deve ser protegida. No Cerrado, 35%. Nos demais biomas, 20%.
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