Uma parceria entre o Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) quer desenvolver um projeto de produção sustentável de hortaliças com o objetivo de reduzir em 40% o volume de agrotóxicos utilizados no trato cultural das plantas. Nesta safra, serão atendidos 6,5 mil produtores, organizados em 137 grupos de trabalhos. A meta também é reduzir em 15% os custos de produção e aumentar 20% a produtividade das lavouras, garantindo aos agricultores familiares uma renda mensal líquida de R$ 700.
Em uma área plantada de 114 mil hectares e uma produção de três milhões de toneladas, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), a olericultura gera uma receita bruta anual de aproximadamente R$3,3 bilhões no Paraná .Cerca de 40 mil famílias de agricultores estão envolvidas com a olericultura em todo o estado.
O projeto tem início no mês de setembro com a cultura do tomate. Segundo o coordenador estadual do projeto Olericultura, da Emater, Iniberto Hamerschmidt, o enfoque é para a produção de frutos com o mínimo de venenos, uso responsável da água na irrigação e conservação do solo. “Uma das novidades será a aplicação do sistema de produção Tomatec, desenvolvido pela Embrapa, que preconiza, entre outras coisas, a proteção física do tomate contra o ataque de doenças e pragas usando um saquinho especial. Medida que diminui a necessidade de tratamentos químicos para cuidar do fruto resultando na colheita de um produto mais saudável para o consumidor”, explica.
Hamerschmidt também acredita que a proposta tecnológica deve contribuir ainda com o desenvolvimento da agricultura orgânica. “Hoje temos no estado 1,8 mil famílias de produtores orgânicos certificados, com área plantada de 2,2 mil hectares e colheita de 50 mil toneladas. Temos como objetivo elevar para dois mil o número de produtores adotadores deste sistema”.
Cada grupo de produtores atendidos terá um agricultor colaborador que vai ceder a sua propriedade para os técnicos da Emater e os pesquisadores da Embrapa instalarem uma plantação “modelo” e será usada para capacitar, de forma prática, todos os demais integrantes do grupo atendido.
Além do tomateiro, serão realizadas ações para desenvolver outras culturas. “No caso da cebola, vamos buscar um resultado inédito, que é o cultivo no verão. Nosso produtor geralmente faz o plantio dessa espécie entre abril e junho. Queremos mostrar que é possível plantar em janeiro. O aipim será outro produto trabalhado com a distribuição de cultivares geneticamente melhoradas e desenvolvidas pela Embrapa”, afirma Hamerschmidt.
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