Quando a agricultura era apenas uma promessa, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná (Emater) chegava a todos os rincões do estado cheirando a gasolina e roncando a motor de fusca. Essa cena comum no campo do Paraná por décadas está por trás dos recordes atrás de recordes em produção e lucratividade do agronegócio estadual de hoje. Com o olhar de quem já enfrentou os atoleiros dos pinheirais e tem agora o desafio de modernizar ainda mais a produção paranaense, a Emater e a Gazeta do Povo lançaram nesta sexta-feira (20) uma campanha de comemoração dos 60 anos da Emater. Dentro dessa ação serão veiculados seis programas de rádio, e seis vídeos. Além disso, será distribuída uma revista com matérias de casos que deram certo e os passos a serem dados no caminho de sucesso que o agronegócio e a Emater traçam no estado.
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O papel dos extensionistas foi o grande destaque do evento. “A assistência técnica rural é um dos grandes pilares para o desenvolvimento da agropecuária paranaense”, ressalta o diretor administrativo do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Orlando Pessuti. Ele já foi médico veterinário da Emater e descreveu a profissão de extensionista como um dom. “Ser extensionista é como ser um pastor, é como ser um sacerdote. Trata-se de uma missão de vida. A missão de fomentar o desenvolvimento”, comparou.
A força das cooperativas no estado deve grande parte do seu avanço nas últimas décadas ao trabalho de extensão rural. Para o presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, que foi extensionista da Emater no início de carreira, todos têm uma dívida de gratidão para com a Emater. “Devemos muito à extensão rural. Graças a ela demos início ao trabalho da Coamo e de outras cooperativas. Comecei na Emater e hoje estou à frente da Coamo que é a segunda maior empresa do Paraná”, reitera Gallassini.
Três das maiores cooperativas do estado, Coamo, Copacol e Lar, têm extensionistas na presidência. Juntas elas faturam mais de R$ 18 bilhões e atendem mais de 45 mil produtores no estado.
Durante o lançamento, em evento realizado na sede da Emater, em Curitiba, foi traçado um balanço da história da entidade, que se mistura com a própria história do desenvolvimento do estado. Compareceram no local parceiros importantes da instituição, políticos, empresários e extensionistas. Para o presidente da Emater Paraná, Rubens Ernesto Niderheitmann, a instituição tem sido de extrema importância para o desenvolvimento da agricultura e pecuária do estado. Responsável pelas atividades de extensão rural junto aos pequenos produtores rurais, a Emater tem a missão de transformar o trabalho da agricultura familiar em renda e melhorar a qualidade de vida dos produtores. “Quando isso acontece, nós sabemos que atingimos o nosso objetivo”, afirma Niderheitmann.
Para o gerente do Núcleo de Agronegócio da Gazeta do Povo, Giovani Ferreira, a extensão rural foi e continua sendo uma ferramenta fundamental para a constituição da base agropecuária do Estado. “Agricultura é sinônimo de economia. E o trabalho da Emater, com sua capilaridade nos 399 municípios paranaenses, é de fundamental importância para desenvolver e fortalecer o setor”, afirma. Ele ressaltou em seu discurso que as três maiores cooperativas do estado, com íntima ligação à extensão rural, faturam mais de R$ 20 bilhões por ano e atendem a mais de 50 mil famílias.
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