Exportações
Carne de frango, carne bovina, açúcar, farelo de soja e produtos florestais foram os itens que mais contribuíram para que as exportações subissem 20,6% em fevereiro, comparando com período igual em 2009. O valor das vendas externas atingiu US$ 4,4 bilhões, no mês passado, e o superávit da balança comercial alcançou a cifra de US$ 3,4 bilhões. Depois de vários meses em queda, o mês de fevereiro marca o início de uma recuperação das vendas externas do agronegócio, com a maioria dos grupos de produtos apresentando taxas positivas. O crescimento da receita da carne bovina in natura de 42,6% no período (de US$ 186 milhões para US$ 265 milhões) é um dos destaques dos embarques do segundo mês do ano. No total, as exportações de carnes bovina, suína e de frango aumentaram 24,5%, passando de US$ 781 milhões em fevereiro de 2009 para US$ 973 milhões no mês passado. Farelo de soja, com ganho de 39% no valor exportado, foi o item mais importante na composição do desempenho do complexo (grão, farelo e óleo), que aumentou 17,4%, para US$ 582 milhões. O complexo sucroalcooleiro manteve resultado positivo com elevação de 47,8% na receita exportada no mês passado em relação ao mesmo período de 2009, atingindo US$ 729 milhões. O valor dos embarques de açúcar cresceu 50,9% e do etanol, 22%.
China vai continuar comprando
A China anunciou na semana passada que prentende manter seus estoques de grãos em níveis elevados para garantir a segurança alimentar no país. Para assegurar o abastecimento e se proteger contra altas dos preços internacionais, o governo chinês quer estocar grãos suficientes para suprir 40% do seu consumo interno, estimado em 500 milhões de toneladas anuais. Para cumprir a meta, o país deve aumentar suas importações de soja, segundo o presidente da Corporação de Reservas de Grãos da China, Bao Kexin. "Manter entre 150 milhões a 200 milhões de toneladas de grãos à mão é necessário.O mercado ficará muito apertado se os estoques caírem abaixo desse patamar", disse Bao. O país é autossuficiente em trigo, arroz e milho, mas importa mais da metade da soja comercializada no mundo. No ciclo 2009/10, deve buscar no exterior mais de 42 milhões de toneladas do grão, estima o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Estados Unidos, Brasil e Argentina são os principais fornecedores chineses da oleaginosa.
Esalq e UFPR abrem inscrições para novas turmas
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) estão com inscrições abertas para cursos de pós-graduação em agronegócio. A UFPR oferece especialização com ênfase em mercado e gestão a partir de setembro. Parte das aulas pode ser acompanhada pela internet, à distância. A Esalq, ligada à Universidade de São Paulo (USP), mantém MBA com foco em gestão, economia e tecnologia, com aulas quinzenais a partir de julho. Os dois cursos duram cerca de 18 meses e capacitam o profissional da área também para análise de tendências. As aulas ocorrem às sextas-feiras à noite e aos sábados pela manhã e à tarde. Em Curitiba, a Esalq realiza as atividades na Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná, no São Lourenço. A UFPR atende os alunos no Setor de Ciências Agrárias, que fica no Juvevê.
Informações: www.agronegocio.ufpr.br e www.pecege.esalq.usp.br.
Gazeta do Povo recebe prêmio do Ministério da Agricultura
Com a reportagem "Lodo na cidade, adubo no campo", publicada em agosto do ano passado, o repórter José Rocher, da Editoria de Agronegócio da Gazeta do Povo, conquistou o segundo lugar na categoria impresso do Prêmio Mapa de Jornalismo. São 12 jornalistas vencedores da primeira edição do prêmio. Três repórteres das categorias Jornalismo Impresso, Radiojornalismo, Telejornalismo e Internet vão receber os prêmios de R$ 5 mil, R$ 10 mil e R$ 15 mil, patrocinados pelo Banco do Brasil. Os vencedores apresentaram reportagens veiculadas por empresas de comunicação de São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. A cerimônia de premiação está prevista para o próximo dia 24, em Brasília/DF. A promoção recebeu 149 trabalhos, que foram analisados por uma comissão julgadora formada por profissionais que atuam na Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, no Sindicato de Jornalistas do Distrito Federal, na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na Câmara dos Deputados e no Ministério da Agricultura. Concorreram ao prêmio trabalhos sobre iniciativas inovadoras na agricultura que, com sustentabilidade, contribuem para a preservação do meio ambiente.
Volume de feijão negociado via bolsa aumenta 80%
No segundo leilão eletrônico de feijão via Bolsa, na semana passada, o produto alcançou preços de até R$ 106 a saca para grãos do tipo carioca. O volume quase dobrou desde o primeiro evento, com um incremento de aproximadamente 80%. Mais de 258 mil toneladas foram negociadas. Os preços alcançados no leilão mostram que a modalidade se firma como referência. "Com o mercado aquecido devido à menor oferta, os preços praticados no leilão eletrônico de feijão vieram para consolidar o viés de alta percebido nos últimos 10 dias", analisou o diretor da Correpar, Marcelo Eduardo Lüders. O feijão leiloado foi ofertado por cooperativas da região dos Campos Gerais do Paraná, mas houve ofertas e compras em todo o Brasil. O primeiro leilão eletrônico de feijão via Bolsa ocorreu em 24 de fevereiro, quando foram negociadas 143 toneladas.
Educação ambiental em fazenda da Embrapa Soja
A Embrapa Soja, com sede em Londrina, inaugurou na semana passada as instalações do Espaço de Educação Ambiental. Localizada na antiga sede da fazenda Santa Terezinha, que abriga atualmente a sede administrativa e os campos experimentais da Embrapa Soja, a área passou por uma revitalização para se transformar em um espaço de aprendizado ambiental e histórico para alunos do ensino fundamental, médio e universitário. A instituição de pesquisa defende que trata-se de espaço democrático, sustentado por três vertentes: ambiental, histórico e educativo. "Além de receber os estudantes, queremos que ele atenda a comunidade, tornando-se um local para interagir com a natureza, para se aprender os valores ambientais e para se vivenciar a história das propriedades rurais da nossa região", destaca Alexandre Cattelan, chefe-geral da Embrapa Soja. O novo espaço de educação ambiental fica em um local nobre da propriedade, onde há uma represa, uma área de preservação permanente e de reserva legal e construções históricas da época em que a fazenda era usada para o cultivo de café.
Informações: www.cnpso.embrapa.br.
Paraná lidera produção de farinha de mandioca
A produção brasileira da farinha de mandioca em 2009 alcançou o maior índice nos últimos sete anos, com 583,11 mil toneladas, menor apenas que o registrado em 2002, quando chegou a 667 mil toneladas. Os dados são resultados de pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP). A produção em 2009 foi 3,3% superior á de 2008, com 565,11 mil toneladas da farinha. Já o preço médio da farinha registrou leve queda e fechou o ano a R$ 939,21 a tonelada, contra R$ 961,64, em 2008. A fabricação da farinha de mandioca está concentrada no Paraná, com 71%, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Goiás.