A Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) projeta aumento de 5 milhões de toneladas de soja nas exportações de 2016, para 57 milhões de toneladas, ante os 52 milhões de t estimados para 2015. A expansão ocorre mesmo diante de concorrência maior com grãos dos Estados Unidos e da Argentina.
A desvalorização do real é o principal impulso, aponta o diretor geral da entidade, Sérgio Mendes. Por outro lado, acrescenta, cresce a confiabilidade de importadores como a China no Brasil enquanto fornecedor. “Poderá haver maior concorrência. Mas na exportação é a continuidade que cria uma boa oportunidade, e o Brasil já se tornou um exportador confiável de soja e de milho também”, assinala.
Em 1965, quando a Anec foi fundada, o Brasil exportava 2 milhões de toneladas de grãos e derivados. Em 2015, as exportações de soja, milho e farelo devem atingir 96 milhões de toneladas, no cálculo da associação. Na temporada 2015/16, o Brasil pretende ampliar a produção de soja em mais 4 milhões de toneladas, ultrapassando a marca de 100 milhões de toneladas. Metade desse incremento deve seguir para exportação.
