A meta brasileira de exportar 20 milhões de toneladas de milho em 2014 (mesmo com a retomada da produção e dos embarques dos EUA) ficou mais viável com o anúncio de que as negociações que envolviam Brasília e Pequim foram concluídas. Foi dada a largada para assinatura de contratos entre brasileiros e chineses. No entanto, as avaliações divergem sobre qual será a fatia brasileira no “novo” mercado. Superar os 25 milhões de toneladas embarcados em 2013 parece tarefa impossível para os analistas. As remessas à China exigirão competitividade, consideram. Ou seja, é necessário concorrer com os EUA, onde os produtores colhem o dobro por hectare na comparação com o Brasil. Os preços do cereal reagiram e voltaram ao patamar de US$ 5 por bushel na Bolsa de Chicago, mas ainda estão US$ 1,5 abaixo dos praticados um ano atrás. Mal cobrem custos, reclamam os produtores norte-americanos. Isso indica que, para vender milho à China, o Brasil terá de praticar preços menores do que gostaria. Se não houver reação nas cotações internas, boa parte da colheita brasileira deve continuar no galpão, pelo menos por enquanto.

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Lentidão

88% do milho de inverno 2014 ainda não foram vendidos em Mato Grosso (6 pontos a mais do que nesta época de 2013). O Paraná tem 70% da safra de verão guardados, mesmo com preços 20% acima dos praticados há um ano.

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